Dando continuidade à nossa aula de anatomia ocular, hoje falaremos das estruturas que compõem a túnica externa do olho.
– A esclera é a estrutura posterior e opaca da túnica externa. É o branco dos nossos olhos. Ela consiste de uma rede de fibras colágenas que dão proteção ao globo ocular. Nessa região, quase não possuímos células para formar essa estrutura. Ela é avascular porque não apresenta nenhum vaso sanguíneo, apesar de serem visíveis alguns vasos sanguíneos na sua superfície. Esses vasos sanguíneos estão na conjuntiva. Ela vai servir para dar proteção para o globo ocular e também vai dar suporte para a inserção dos músculos extraoculares, apesar de isso não ser uma função da esclera.
– A próxima estrutura que vamos falar é a córnea. A córnea é a estrutura anterior e totalmente transparente da túnica externa. É formada unicamente por células que se especializaram em ficar transparente e tem a função de transmitir e refratar luz. A córnea é principalmente refringente no nosso olho, fazendo aí dois terços da refração que a luz vai sofrer para chegar na retina. É responsável por convergir toda a luz que entra no nosso olho. Além disso, como ela é dotada de muitos sensores para adorar corre, também vai ajudar na proteção do globo ocular. É fácil perceber como ela é sensível a partir do momento em que temos um cisco no nosso olho, que esse estiver em cima da córnea fica muito difícil de manter o olho aberto.
A córnea é formada por cinco camadas que, de fora para dentro, são:
– Epitélio: a camada mais externa.
– Camada de Bowman: que está logo abaixo do epitélio.
– Estroma: a parte central, que é mais espessa.
– Camada de Descemet: abaixo do estroma.
– Endotélio: a membrana que vai formar a parte interna da córnea.
– O limbo está localizado entre a córnea e a esclera. É nele que encontramos os canais de Schlemm, local onde é responsável por fazer a drenagem do humor aquoso. Ele vai preencher toda a câmara anterior, que é a região que está localizada atrás da córnea e à frente da íris. Portanto, a câmara anterior está entre a córnea e a íris, e é nessa região que encontramos os canais de Schlemm, por onde o humor aquoso será drenado.
O humor aquoso é produzido constantemente pelo corpo ciliar, uma estrutura que ainda não falamos sobre ela, mas vamos falar mais para frente. O fato dele ser produzido constantemente necessita de um local de drenagem para que não ocorra um aumento da pressão intra-ocular. Esse aumento da pressão intraocular é uma das causas do glaucoma, que pode estar relacionado com os canais de Schlemm, responsáveis pela drenagem do humor aquoso.
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Fonte: Anatomia ocular – Túnica externa por Gladson Viana