E aí a dica de saúde Clínica Biocentro ao lado do profissional Rodrigo Maia, otorrino.
Olá Doutor, tudo bem?
Tudo bem, o nosso tema hoje tem uma bem legal que muitos brasileiros têm, mas desconhecem a causa: sinusite fúngica.
Bom tema, boa pergunta. Esse é um problema relevante, é uma doença comum no consultório de otorrino e muitas vezes os médicos clínicos gerais não fazem diagnóstico correto. Para contextualizar, existem vários tipos de sinusite, sendo a mais comum a sinusite alérgica, que é aquela doença que dá muita coceira no nariz, obstrução nasal e que tem muita relação com fumaça e com variação climática. Mas isso não é o tema da nossa conversa hoje. Nós até gravamos outro vídeo sobre esse tema.
Quando o paciente chega no consultório, além desses quadros bem comuns e bem frequentes de obstrução nasal, espirro e coceira, muitas vezes o paciente também reclama de dor na face, principalmente abaixo dos olhos, atrás dos olhos e dor na testa. Quando o paciente reclama também de odor fétido no nariz, isso abre um leque de diagnósticos e só abre a interrogação na nossa cabeça para que a gente suspeite de ser um outro tipo de sinusite que não apenas alérgica. Os seios da face, que são os ossos ao redor do nariz, se comunicam com o nariz através de espaços bem pequenininhos e esses seios da face, eles podem ser vitimados por muitas doenças. Podem aparecer nódulos, cistos, pólipos, tumores.
Também pode aparecer a proliferação e crescimento de fungos. Fungos são micro-organismos bem conhecidos, bem comuns, a gente pode se tratar e o bolor de pão é um fungo. Os fungos também podem gerar diversas doenças no corpo humano, podendo causar doenças na pele, doenças nas unhas e também podem começar a crescer no nosso espirro. Por coincidência, essa semana mesmo acabei fazendo a cirurgia de um paciente.
Quando o paciente chega no consultório com essa queixa de dor, de secreção fétida, fedorenta, com cheiro mais forte, a gente tem que pensar na possibilidade da sinusite fúngica. O paciente tem que procurar imediatamente um otorrino. A gente tem essa capacidade de diagnosticar esse problema e o tratamento da sinusite fúngica, ele é cirúrgico, precisa de cirurgia, diferente da sinusite alérgica, que pode ser tratada com medicação, até mesmo com vacina. O grande risco da sinusite fúngica se não for tratada é que essa colonização expressa e ela pode evoluir, progredir, aumentar e pode trazer também problemas no olho ou até mesmo no cérebro. Daí a importância de um diagnóstico precoce e um tratamento correto.
Fonte: Sinusite fúngica: o que é, sintomas e tratamento por Canal Biocentro