Se o microbioma do intestino é essencial para nossa vida, ele pode ficar em desequilíbrio por causa de doenças crônicas – em muitos casos, graves. Apenas um transplante de fezes pode ajudar, porém o procedimento ainda é considerado arriscado. É desagradável e pode ser perigoso. Só usamos essa técnica em pacientes com extrema necessidade. Nunca é a primeira opção.
Geralmente, um transplante de fezes é a última esperança quando outros tratamentos não funcionam. A terra mostra como essa terapia funciona: o médico dissolve fezes saudáveis em uma solução com sal e mistura tudo. Essa solução aquosa é o medicamento em miniatura de Kings Panda com filhote. É importante destacar que sempre analisamos antes muitas informações sobre o doador. Vemos se a pessoa tem a partir de ABC ou outras doenças que podemos evitar. Isso tudo é feito antes do transplante.
A solução com fezes tem muitas bactérias intestinais de uma pessoa saudável e ajuda a reconstruir a flora intestinal. A solução é transplantada por meio de uma colonoscopia. É um procedimento simples e, depois de alguns dias, a maioria dos pacientes está saudável novamente.
O transplante de fezes é uma solução para problemas digestivos, dificilmente para outras enfermidades. Para uma doença específica, faz sentido, e temos altas chances de sucesso. Mas esse tratamento ainda não foi testado para outras doenças. A cura com bactérias intestinais é a grande esperança dos cientistas.
A possibilidade de que o transplante também transmita doenças é um dos motivos para ainda sermos cautelosos na hora de fazer um transplante de fezes para outras enfermidades.
Uma alternativa ao transplante de fezes é criar uma mistura de bactérias que possa curar diversas doenças. A ideia é gerar o efeito que vemos no transplante de fezes, mas não como medicamento.
Os pesquisadores colocam as fezes humanas em uma câmara anaeróbica. Isso ocorre para isolar as bactérias. As fezes são colocadas em uma solução aquosa e as bactérias são separadas por tipo e têm necessidades diferentes. Para cultivar essas bactérias separadas, são desenvolvidos diferentes tipos de nutrientes.
A equipe descobriu que essas bactérias não trazem benefícios para o intestino sozinhas. Apenas em conjunto é que é um efeito. O conjunto de bactérias poderia ser usado como medicamento no futuro.
Queremos tratar inflamações intestinais crônicas, porque a pesquisa está mais adiantada nessa área. Mas também temos o interesse em pesquisar o uso em pessoas com câncer. Vemos nos últimos anos que o microbioma intestinal contribui para o sucesso no tratamento de câncer que dorme em forma que foi o trabalho será feito. Mas a produção artificial de um microbioma ainda é uma área pouco estudada.
Fonte: Como funciona e para que serve o transplante de fezes por DW Brasil