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Saiba sobre hereditariedade na Doença de Parkinson: fato ou mito?

Doença de Parkinson e Genética

A doença de Parkinson pode ser genética, mas em geral, acima dos 50 anos, não há um componente genético tão forte. Dependendo da população, pode haver uma porcentagem maior de casos genéticos. Porém, em populações miscigenadas, como a brasileira, não costuma ser comum.

Quando a doença de Parkinson ocorre abaixo dos 45 anos, há um aumento da incidência de formas genéticas. E quando é abaixo dos 21 anos, exceto em casos de acidentes ou infecções na cabeça, é quase sempre uma causa genética, mesmo que não seja possível identificá-la.

Nos últimos dez anos, o número de genes relacionados à doença de Parkinson tem aumentado. Um dos genes mais comuns é o da Parquina, que codifica uma proteína e pode causar a doença em pacientes abaixo dos 45 anos.

Existem casos de famílias que carregam a mutação genética da Parquina, como a maior família do mundo que é acompanhada pelo serviço da USP. Porém, nem sempre é necessário fazer um teste genético, pois isso não mudaria muito o tratamento. É importante fazer um aconselhamento genético e discutir com o paciente e a família.

Quadros de Parkinson em pacientes mais jovens podem trazer dificuldades de relacionamento, acadêmicas e laborais, além do estigma. Por isso, é importante estar atento aos sintomas e buscar ajuda médica.

Herança Genética

A maioria das alterações genéticas relacionadas à doença de Parkinson são herdadas de forma recessiva. Isso significa que é preciso receber uma cópia defeituosa do gene tanto do pai quanto da mãe para desenvolver a doença. A chance de um filho herdar um gene defeituoso de um dos pais é de 25%.

Fonte
Parkinson é Hereditário? – Entenda os casos hereditários de Doença de Parkinson por Dr Diego De Castro Neurologista