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Restrição de Crescimento Intrauterino (RCIU): Causas e Tratamentos.

Restrição de crescimento intra-uterino

A restrição de crescimento intra-uterino, ou crescimento intra-uterino restrito, é uma condição em que o bebê está pequeno dentro da barriga. Para diagnosticar, comparamos o peso do bebê com a média dos pesos para aquela idade gestacional. Se noventa porcento dos bebês estiverem com mais peso do que ele, consideramos que este bebê está restrito. Ele tem que estar no percentil de crescimento abaixo do percentil 10 no exame de ultrassom, onde normalmente é escrito “p” ou “percentil”. Se o número tiver percentil menor do que dez, significa que tem restrição de crescimento.

Este bebê pode ser pequeno por alterações genéticas, por exemplo, se os pais são pequenos ou se a família toda é pequena. Mas também pode ser por vários fatores de risco que fazem com que esse bebê não consiga crescer por não receber um suprimento sanguíneo adequado dentro do útero.

Fatores de risco para restrição de crescimento

  • Mãe com mais de 35 anos
  • Mãe com menos de 54 kg quando começa o pré-natal
  • Mãe que não consegue ganhar peso ao longo do pré-natal
  • Intervalo entre duas gestações menor do que dois anos
  • Álcool aumenta em duas vezes o risco
  • Cigarro aumenta em dez vezes o risco
  • Alguns outros remédios também podem causar esse risco aumentado
  • Doença renal crônica
  • Pressão alta
  • Pré-eclâmpsia
  • Diabetes antes da uma engravidar
  • Lúpus
  • Anemia crônica
  • Doença cardíaca da mamãe
  • Infecções urinárias de repetição na mamãe
  • Alguma alteração genética do bebê
  • Alguma infecção dentro do útero
  • Alguma alteração anatômica com o útero bicorno
  • Uma alteração de artéria umbilical única nesse bebê
  • Placenta prévia aumenta esse risco
  • Assentar creta é vasa prévia ou então uma inserção velamentosa desse cordão

Quando vemos um bebê pequeno no ultrassom, a gente fica com um sinal de alerta ligado. Caso a gente repita esse ultrassom em algumas semanas e o bebê continue pequeno, mas crescendo de forma adequada, ele se manteve nesse mesmo presente de crescimento, a gente pode supor que esse bebê é pequeno para idade gestacional. Só é um bebê pequeno, não é um bebê com restrição. O bebê que está em sofrimento ali dentro é o bebê que é pequeno e macia.

Se a gente começa a notar que o bebê está caindo em percentil, fazendo um pra som meu presente o 12, no outro percentil 10, no outro é sentiu seis, esse neném ele não está ganhando peso adequadamente, ele está em franco processo de restrição de crescimento. Aí, a gente tem que ficar um sinal de alerta, analisar o doppler desse bebê, ver se ele tá com algum risco aumentado e eventualmente interromper sua gestação.

E se a gente diagnosticar restrição de crescimento acima de 37 semanas, a gente vai fazer a indução do parto porque esse bebê já tem um risco aumentado e já tá pronto para nascer. Nos casos de bebês prematuros, a gente vai individualizar cada caso. Não é obrigação fazer cesariana. A gente pode tentar induzir o parto nos casos em que o bebê está com douglas alterado, está com comprometimento. Aí, ele tem uma tendência maior a ter sofrimento durante o trabalho de parto. A gente vai ter uma tendência maior a fazer cesariana ou tudo vai depender de caso a caso. Converse com seu médico.

Fonte: Restrição de Crescimento Intra Uterino – CIUR – RCIU por Médico da Mulher