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INSS corta auxílio-doença de pacientes com síndrome do pânico

Reportagem: Síndrome do Pânico e seus efeitos na vida das pessoas

Nesta reportagem, mostramos o drama da Adriana, que sofre com a Síndrome do Pânico e não consegue sair de casa. Casos como o dela são bem comuns em todo o Brasil. Vamos ver como o carnaval pode ser um momento de fuga para quem sofre com essa síndrome.

Você luta para sobreviver, alguém te aperta e você sente como se fosse infartar. Conversei com uma psiquiatra, que diz que se fizer um eletrocardiograma, o coração fica normal, é coisa da cabeça da gente mesmo, né? Quando a mente dá o primeiro alerta, não tem mais como voltar atrás. Tudo ao redor parece uma ameaça, a sensação é desesperadora. O coração dispara, o suor é frio e fica difícil respirar. Eu fico muito nervosa, o estresse total. Fiquei mal educada, coisa que eu não era. Hoje, sou mal educada, não tenho conversa com ninguém. Assim, é super difícil mesmo.

Na Audi, Lenny sofre da Síndrome do Pânico. O transtorno de ansiedade provoca a sensação de morte e o medo exagerado de que algo ruim aconteça. Depois que descobriu a doença, a vida dela deu uma reviravolta. Os médicos a proibiram de voltar ao trabalho e o auxílio-doença que ela recebia foi cortado. Eu não faço nada ainda por causa da minha situação financeira, porque tenho três filhos e só meu esposo está trabalhando. Nem remédio do governo posso tomar, todos são comprados e custam 70 reais. É mais de 200 reais só de remédio por mês. Eu queria pedir uma perita do INSS para fazer uma unha dela. Então, eu queria que ela tomasse 20 gotas de Rivotril, se ela conseguia digitar alguma coisa. Ela veio para ele sentir o que eu sinto, que estou passando.

A Síndrome do Pânico pode atingir especialmente jovens de 15 aos 25 anos, principalmente mulheres. O ataque do pânico pode surgir de repente e pode ser confundido com o infarto. Os sintomas mais característicos são uma taquicardia, uma aceleração da frequência cardíaca, um aumento na frequência respiratória que o atacante lê e uma sudorese. O paciente tem a sensação de que ele tem uma tática diago de que ele vai morrer a qualquer momento.

Para muita gente que sofre do transtorno do pânico, um simples passeio na rua pode se tornar um enorme sacrifício. O medo de lugares públicos é provocado pela sensação de insegurança. O paciente teme sofrer uma crise de pânico e não conseguir ajuda. Alguns deles preferem nem sair de casa. Foi o que aconteceu com Adriana. Por causa da doença, ela está sem sair de casa há 21 anos. A mulher está com a saúde debilitada e quer ajuda para se tratar.

O que a gente sabe é que é uma patologia que tem um curso muito variável. Alguns pacientes têm episódios num determinado momento da vida, tratam e passam anos, às vezes nunca mais têm, e outros pacientes têm uma recorrência. Aquele quadro mesmo sendo tratado, depois de alguns anos, com a interrupção do tratamento, ele pode voltar. Mas a segurança que a gente tem aqui, normalmente o que acontece aqui é que o paciente que já respondeu ao medicamento, quando ele retorna o tratamento com aquele mesmo medicamento que ele mesmo esquema terapêutico que ele usou, ele consegue o controle como da primeira vez ou da vez anterior.

Fonte: INSS corta auxílio de pacientes com síndrome do pânico por Balanço Geral