O que fazer quando seu filho parece hiperativo ou com déficit de atenção?
Ultimamente, tem se falado muito sobre hiperatividade e déficit de atenção em crianças, mas nem tudo é motivo de preocupação. Na dúvida, é bom lembrar que somente um médico pode fazer esse tipo de diagnóstico. A repórter Jessica Valente conversou com uma psiquiatra especialista em crianças e com uma mãe que conhece bem os sintomas da hiperatividade.
Gabriela é mãe de Diego, um menino de cinco anos que, desde bebê, já se mostrava um pouco mais agitado do que o normal. Com o tempo, alguns sintomas começaram a chamar a atenção: a ida ao cinema era uma tarefa árdua, ele não conseguia assistir aos filmes até o final e tinha dificuldade para socializar e brincar em grupo porque cansava rápido das brincadeiras. Gabriela percebeu que o comportamento do filho estava trazendo prejuízos ao seu desenvolvimento e decidiu procurar ajuda.
Diego foi diagnosticado com hiperatividade e hoje toma medicamentos, mas até o diagnóstico e a receita, Gabriela passou por um processo que envolveu terapias, atendimento psicológico e avaliações para encontrar o melhor tratamento.
De acordo com a psiquiatra Maria Cristina Brinca, alguns transtornos podem ocorrer na infância e a hiperatividade é apenas um deles. Existem também os transtornos de ansiedade, entre outros. O diagnóstico é feito com a ajuda de profissionais, mas alguns sintomas são mais comuns e podem indicar a necessidade de tratamento. Em geral, as situações podem ser identificadas no convívio familiar, para alterações de comportamento ou mesmo na escola.
Os pais precisam ficar atentos, pois os prejuízos de um transtorno não tratado podem se repetir por toda a vida, incluindo problemas na sociabilidade e na disciplina, e, ao longo do tempo, podem evoluir para situações de abuso de substâncias ou mesmo comportamento delinquente.
Em muitos casos, a medicação é necessária, mas em outros é possível combinar outras terapias. O importante é que cada caso seja avaliado com cuidado e que os pais procurem um profissional capacitado para ajudar. Cada criança ou adolescente tem parâmetros bem estudados para isso, com avaliações bastante seguras em parceria com a família.
No caso de Diego, Gabriela comemora a mudança do filho após o diagnóstico e o início do tratamento. Hoje, ele consegue sentar e ver televisão, algo impensável antes do tratamento. Ele também consegue montar o Lego e, como Gabriela já mencionou, a ida ao cinema para ele é uma vitória. Agora, ele consegue assistir ao filme todo, até o final.
Fonte: Psiquiatria: cuidado no diagnóstico de hiperatividade infantil por NDTV Record TV