Esclerose Múltipla

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A atriz Gota Stresser, conhecida por interpretar a personagem Bebel em A Grande Família, foi diagnosticada com esclerose múltipla. Além dela, atrizes Ana Beatriz Nogueira e Cláudia Rodrigues enfrentam a mesma condição a mais de uma década.

A repercussão dos casos chamou atenção para cerca de 2 milhões e quinhentos mil pessoas que convivem com a doença no mundo, de acordo com a Federação Internacional de Esclerose Múltipla.

Sintomas

Fadiga, formigamento nas mãos e nas pernas, um zumbido no ouvido, perda de memória e dificuldade para falar. Esses foram os primeiros sintomas que Diogo sentiu em 2020, aos 37 anos, quando buscou ajuda médica.

Os diagnósticos iniciais foram os mais diversos possíveis: fibromialgia, stress, ansiedade e até depressão. Demorou para que uma profissional sugerisse que poderia ser de fato um problema neurológico.

Enquanto aguardava na fila do SUS por um médico especializado, Diogo teve dois surtos e na segunda vez acabou internado no hospital, de fraldas e praticamente sem mobilidade. Foi quando descobriu que tinha esclerose múltipla.

Impacto na vida diária

O mundo caiu, né, simplesmente para mim. Eu achei que eu não imaginava mais o que que eu poderia fazer, né, porque na época eu trabalhava com cabeleireiro e precisava das mãos. Para além da rotina profissional, Diogo conta que a doença afetou tarefas básicas do dia a dia, como tomar banho, por causa do alto grau de sensibilidade na pele.

A doença crônica provoca dificuldades motoras e sensitivas e geralmente acomete pessoas jovens de 20 a 30 anos de idade.

Tratamento

Até o momento, a ciência não conhece formas para prevenir ou curar a esclerose múltipla. Entretanto, é possível retardar o desenvolvimento dela e controlar os sintomas com a utilização de medicamentos. Quanto mais cedo paciente iniciar o tratamento, maior é a chance de modificar o curso da doença a longo prazo.

Determinados hábitos cotidianos também são eficazes, a exemplo da prática regular de exercícios físicos.

Exemplo de superação

Um mês depois de receber alta do hospital, Diogo começou a fazer academia, mas evitava horários de pico por receio de sofrer preconceito. O que ele não imaginava é que seria anotado por um instrutor que o incentivou a praticar Power lifting, ou levantamento de peso.

Atualmente, é o único atleta federal no mundo com esclerose múltipla a competir na modalidade. Ano que vem já tem vaga garantida no Campeonato Brasileiro de Pau Elite.

Apesar das sequelas, o atleta é prova de que a vida não para após o surgimento da doença. Segundo ele, a esclerose obviamente precisa de cuidado, atenção e tratamento, mas também é uma oportunidade para recomeçar e se reinventar.

Fonte
Casos recentes de esclerose múltipla chamam atenção para mais de 2 milhões de pessoas com a doença por Jornal da Gazeta