A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e progressiva em que ocorre a morte de neurônios. Apesar dos esforços dos últimos anos, ainda não se sabe ao certo a causa da doença e ainda muito precisa ser esclarecido. Estima-se que em 2015 haviam 50 milhões de pessoas no mundo com a doença, mas com o aumento da expectativa de vida e com o crescimento populacional, estima-se que em 2050 tenhamos mais de 130 milhões de pessoas com a doença.
Mas o que causa a doença? Os sintomas típicos vêm da morte de neurônios, mas como eles morrem? Existem duas vias bem estudadas pelas neurociências. A primeira via é o acúmulo de placas beta amilóides e a segunda é a formação de emaranhados neurofibrilares de proteína tau.
As placas beta amilóides são formadas por peptídeos amilóides que vêm de uma proteína de membrana do neurônio. Quando essa proteína é quebrada em porções específicas, ela forma proteínas com maior capacidade de agregar. Ativa e que são insolúveis. Isso tende a formar placas que podem, por exemplo, ficar entre as sinapses e atrapalhar a comunicação entre os neurônios.
Uma segunda via muito bem estudada são os emaranhados de proteína tau. Quando a proteína tau sofre algumas reações químicas, como por exemplo, a fosforilação, ela se agrega formando emaranhados neurofibrilares tóxicos. Assim, um neurônio tende a morrer.
Os sintomas típicos são falhas na memória, como por exemplo, esquecer o nome de pessoas ou objetos, e principalmente de fatos que aconteceram recentemente. Por exemplo, uma coisa que a pessoa acabou de comer. Há também mudanças comportamentais, a pessoa tende a ficar mais agitada à noite, por exemplo, disfunções executivas como não conseguir mais lidar com finanças e dirigir o próprio carro. A pessoa também pode, por exemplo, se perder no caminho de casa ou não reconhecer o ambiente por mais familiar que ele seja. A pessoa também não consegue se comunicar bem, porque às vezes ela esquece ou não consegue evocar certas palavras. Infelizmente, os tratamentos que hoje existem não são curativos e apenas atenuam esses sintomas.
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Fonte: O QUE O ALZHEIMER FAZ NO CÉREBRO? por Cientificando
