Herpes – Urologia
Olá pessoal, tudo bem? O meu nome é Cláudio Mousse Soro, lojista. Estou aqui hoje para conversar com vocês sobre mais um tema da urologia: o paciente que já apresenta o herpes labial, o herpes do tipo um. Ele poderá contrair também o herpes tipo 2, o herpes genital pode, mas a probabilidade é pequena, porque há uma proteção cruzada.
- Um paciente que já tenha herpes labial ele poderá contrair o herpes genital, mas isso é mais raro, é menos comum.
- Um paciente que já tenha o herpes genital fica mais difícil de contrair o herpes labial. Ele às vezes até contrai o vírus, mas o vírus não se apresenta, ou ele se apresenta de um modo muito leve. Então, na maioria das vezes, o vírus não vai vingar dentro do corpo do paciente. O vírus não vai sobreviver, e quando ele sobrevive, ele vai produzir uma lesão muito discreta ou vai produzir nenhuma lesão. Ele vai ficar lá apenas dormindo lá.
Uma mãe pode transmitir o vírus do herpes para o filho. A mulher, se está grávida, ela pode por via sanguínea o vírus do herpes para o seu bebê, como é que tá lá no útero? Muito difícil, muito raro. E durante o trabalho de parto é pouco frequente também. A transmissão então é bem mais rara.
Depois que a criança nasce, é possível haver esta transmissão. Às vezes é possível uma transmissão, por exemplo, acidental, né? A mãe pode tocar, às vezes, a sua região contaminada, como a vesícula sem uma bolinha cheia do vírus do herpes. Depois toca para fazer a higienização da criança, toca da criança. É possível então passar o vírus a mãe ou alguém que esteja cuidando da criança, o cuidador ali da criança. Esta transmissão também ela é possível.
O vírus do herpes pode ser transmitido através de assentos sanitários, de toalhas e de roupas. Muito difícil, muito pouco provável porque o vírus só vive dentro do corpo humano. Saiu do corpo humano, ele morre. Mesmo assim, a gente sugere para o paciente não compartilhar a toalha de rosto quando ele tem o herpes labial e nem a toalha do corpo quando ele tem o herpes genital e, principalmente, quando a doença está na fase ativa. Quando tá com esse bolinho e com as vesículas zinha cheia de líquido, aquele líquido é riquíssimo em vírus. Então deve-se evitar esse compartilhamento. E embora essa transmissibilidade por essas vias sejam muito, muito raro, o paciente deve ser alertado que não deve tocar nessa cebolinha nessas vesículas porque ele pode tocar ali depois sem querer tocar no nariz, tocada a boca. Caso ele tem o herpes genital, tocar nos olhos e ele vai inocular, poderá inocular o vírus nessas regiões. Então, se acidentalmente tocou nessas lesões, lave bem a mão com água, com sabão, com sabonete. Tem que lavar muito bem, muito bem lavado.
E o preservativo? Se você tem o herpes genital e ele tá ativo, não há revelação, nem com camisinha. Não pode ter relações sexuais, relações estão suspensas. E no período assintomático, no período que não tem preferida, não tem bolha, não tem nada, não tá sentindo nada, não tá apresentando nada, tem que discutir com o paciente. A chance de transmissão do vírus do herpes na fase assintomática é reduzidíssima, é pequena, mas ela existe. Aí vai depender de cada paciente se ele vai ou não usar o preservativo. A chance é pequena, muito pequena. Tem que conversar com o paciente. E se você utiliza o preservativo de modo correto, você vai reduzir a transmissão do vírus em cinquenta por cento dos casos. Por que que não resolve sem a proteção? Não reduz porque a camisinha não protege o corpo inteiro. A camisinha só protege o pênis e muitas vezes, às vezes, aquela porção proximal do pênis nem essa fica protegida. Então, poderá o vírus ser inoculado nessas regiões.
Até o próximo vídeo, tchau!
Fonte
Herpes genital: a transmissão da doença por Dr. Claudio Mussi – Urologista