O casamento estava sendo planejado. Um dos maiores sonhos de Fernanda é ser mãe, mas tudo precisou ser adiado. Há dois anos, a jovem viu sua vida mudar completamente. Ela começou a sentir fortes dores na mandíbula e descobriu uma doença que paralisa os movimentos da boca, anquilose. Os médicos ainda não sabem dizer a origem da doença na jovem. Enquanto isso, a vida dela vai ficando para trás.
Ela teve que deixar tudo para trás: todo o seu trabalho, sua vida, sua alimentação, seu sono. Não tem mais qualidade de vida. Não consegue comer nada e as dores são incontroláveis. O aumento e eu estou vivendo desse jeito. A família gasta todos os meses mais de 500 reais em medicamentos. A mãe precisou largar o trabalho para cuidar da filha e o pai, depois de um AVC, também ficou desempregado. Para piorar, o INSS cortou recentemente o auxílio-doença da jovem.
Ajuda por enquanto vem dos amigos que criaram uma campanha nas redes sociais para arrecadar dinheiro. A esperança da família agora é uma cirurgia que pode ajudar a normalizar a situação de Fernanda. A operação que vai substituir as articulações da mandíbula da jovem por prótese de titânio custa aproximadamente 400 mil reais.
O problema é que o plano de saúde se recusa a pagar o procedimento. Há um ano, Fernando luta na justiça contra a decisão da seguradora do plano de saúde e não bancar o procedimento exigido pelos médicos da jovem. Ele tem laudos que confirmam a urgência da cirurgia na garota, mesmo assim as respostas são sempre negativas.
O caso também está sendo acompanhado pelo Procon. Se o procedimento é coberto e o médico orientou que o material adequado é, por exemplo, o titânio, o plano de saúde tem que cobrir a cirurgia no material solicitado pelo médico. É caso a operadora se recuse, o consumidor pode procurar os órgãos de defesa do consumidor e também ao judiciário para pleitear uma liminar.
É o maior sonho de dona Clay agora é voltar a virar felicidade na vida da filha. “Você consegue viver sem pressa em uma mão, em uma perna, mas com que minha filha vai vir sem boca? É isso que eu queria que a justiça visse. Que o plano de saúde, que é uma coisa que ela tem direito, visse e fizesse que pagasse, que fizesse o que ela tem direito. Que agente não tá brigando por nada do que ela não tenho direito. Ela tem direito de ter uma qualidade de vida melhor.”
Fonte: Paciente com doença grave espera há um ano pela liberação de cirurgia de R$ 400 mil por Band Cidade Curitiba