Streptococcus pneumoniae
O corpo humano é colonizado por algumas bactérias que vão formar a nossa microbiota. Um dos gêneros de bactérias que habitam o corpo humano é o Streptococcus, e hoje vamos falar um pouquinho sobre a espécie Streptococcus pneumoniae.
Enquanto no mundo as infecções bacterianas ou nem sequer MGTSé mostram influência, vem diminuindo, o Streptococcus pneumoniae vem causando cada vez mais infecções.
O Streptococcus pneumoniae é uma bactéria que também pode ser chamada de pneumococo. É uma bactéria do tipo cocos, o que significa que essa bactéria possui um formato esférico e em suas colônias elas se agrupam aos pares, sendo chamadas de blocos. Além da membrana plasmática, essa bactéria possui uma parede celular que serve para dar proteção a essa matéria. Quando submetido a coloração de Gram, essa parede celular possui características gram-positiva, o que significa que ela é formada por uma espessa camada de peptídeos glicanos e possui alguns fatores de virulência, como por exemplo, os avanços tecnológicos.
Além da parede celular, essa bactéria apresenta uma cápsula polissacarídeos, que é uma estrutura extremamente organizada, formada basicamente por açúcares que são secretados pela própria bactéria. Essa cápsula polissacarídeos é o principal fator de virulência dessas bactérias e elas são divididas em choro grupos. Esse sorogrupo é numerado como 1, 2, 3 e assim por diante.
Além da diferença entre os sorogrupos, um mesmo sorogrupo pode sofrer diferenciações que são chamadas de sorotipo, como por exemplo, o sorogrupo 6. Ele pode se diferenciar no sorotipo 6f, 6a, 6b, 6c e assim por diante. O primeiro sorotipo identificado recebe o sufixo de letra f, que vem de forte, identificando que esse foi o primeiro sorotipo identificado.
Como dito anteriormente, essa bactéria faz parte da nossa microbiota e ela pode causar infecções em indivíduos de todas as idades. Porém, o mais comum é que isso aconteça nos extremos, com idosos acima de 80 anos e crianças abaixo de cinco anos. Os imunodeprimidos, por deficiência no sistema imunológico, também ficam bem suscetíveis a infecções pelo Streptococcus pneumoniae.
Ao contrário do que o nome da bactéria sugere, essa bactéria não causa somente pneumonia. Ela também é uma grande responsável por entradas em hospitais com doenças como sinusites, otites, meningite e septicemia.
Tratamento
O tratamento das infecções bacterianas sempre visam impedir, controlar ou eliminar uma infecção e acontece de duas formas: através de antibióticos ou através de vacinas.
- Antibióticos possuem uso terapêutico. Porém, para que você utilize corretamente um antibiótico, é necessário um diagnóstico correto do tipo de bactéria que está causando a infecção, já que existem diferentes tipos de antibióticos para tratar infecções causadas por diferentes tipos de bactérias. Como por exemplo, a bactéria Streptococcus pneumoniae é uma bactéria gram-positiva, então ela precisa utilizar antibióticos que consigam agir nessa parede celular gram-positivo. Apesar do antibiótico ter uma toxidade seletiva, onde ele só vai agir na bactéria e não no ser humano, ele traz consigo um monte de reações adversas, já que no nosso corpo nós temos a nossa microbiota que ajuda o nosso corpo a desempenhar algumas funções, como por exemplo, nosso estômago e intestino. Existem várias bactérias que ajudam na formação do bolo fecal e na digestão dos alimentos. Quando você faz o uso de um antibiótico e sente ótimo, ele não vai matar somente as bactérias que estão causando infecções. Ele vai matar todas as bactérias a qual aquela classe de antibiótico consegue matar e com isso vem as reações adversas. Essas reações adversas são grandes responsáveis por levar o paciente a abandonar o tratamento, o que favorece ainda mais o aparecimento de resistência bacteriana.
- Vacinas possuem o uso preventivo, já que elas são aplicadas em indivíduos sadios para que no futuro, caso esse indivíduo venha ter contato com essa bactéria, ele já possua anticorpos para combater esta bactéria antes que ela lhe cause uma infecção. Existem dois tipos de vacinas, as polissacarídeas e as polissacarídeas conjugadas. Falaremos um pouco mais delas em uma próxima aula.
Fonte
Microbiologia – Streptococcus pneumoniae por Gladson Viana