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Como tratar a ginecomastia: causas, sintomas e tratamentos.


Olá, meu nome é João Henrique e sou mastologista. Vamos conversar um pouquinho sobre a ginecomastia, que afeta os homens em três períodos da vida: recém-nascidos, adolescentes e homens mais idosos na sexta ou sétima década de vida.
Geralmente, a causa por trás do desenvolvimento da ginecomastia é um desequilíbrio hormonal, com o excesso de hormônio feminino que provoca o desenvolvimento da glândula mamária. Isso é autolimitado e se interrompe depois de algum tempo. Existem várias causas para esse desequilíbrio hormonal, muitas relacionadas ao uso de medicamentos ou drogas recreativas, mas a grande maioria dos casos é de origem hepática, ou seja, não se consegue identificar a causa específica.
A ginecomastia não tem nenhuma relação com o desenvolvimento de câncer de mama, é portanto uma alteração de caráter benigno e com prognóstico muito bom na maioria das vezes. Provoca apenas um desconforto social, seja do ponto de vista estético, seja do ponto de vista psicológico.
O diagnóstico de ginecomastia é eminentemente clínico, feito através do exame físico do mastologista, que vai palpar uma consistência um pouco mais endurecida, mas elástica, atrás da região da aréola. Normalmente, métodos de imagem como o ultrassom ou a mamografia são empregados para complementar o diagnóstico.
Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento vai depender da causa. Se for o caso de utilização de uma droga ou substância recreativa, o tratamento simplesmente consiste em remover o agente causal. Nos casos em que não se conhece a causa, o tratamento será apenas na eventualidade do desconforto social, ou do efeito estético que justifique para o paciente efetivamente fazer um tratamento – que é eminentemente cirúrgico.
Nos casos de recém-nascidos e adolescentes, a ginecomastia tem um caráter autolimitado e regredirá espontaneamente na maioria dos casos. A conduta expectante é recomendada. Nos casos em que os pacientes não se enquadram nessas duas situações e estão incomodados com a ginecomastia, o tratamento consiste na remoção do tecido glandular que se desenvolveu. As técnicas cirúrgicas são bastante variadas e evoluíram muito nos últimos anos, permitindo resultados estéticos muito bons.
É importante ressaltar a diferenciação que se tem que fazer entre ginecomastia e pseudoginecomastia, onde não acontece um desenvolvimento da glândula, mas apenas um pequeno acúmulo de gordura no local. Isso pode ser resolvido somente com uma lipoaspiração, caso seja o desejo do paciente.
Em resumo, a ginecomastia é uma lesão benigna que não tem nenhuma relação com o câncer e cujo tratamento vai depender do incômodo do desconforto que o paciente esteja experimentando e o seu desejo de submeter-se a uma cirurgia.
Fonte: GINECOMASTIA por Câncer de Mama Brasil