Entendendo a remoção do tumor
Algumas vezes, pacientes que foram operados vêm ao consultório com a seguinte pergunta: “doutor, eu já estou curado porque o tumor foi totalmente removido?” Infelizmente, estipular que o tumor foi removido não é um sinal inequívoco de cura.
Apesar de utilizarmos todos os métodos que temos disponíveis atualmente, como tomografias, PET, ressonância e exames de sangue, não podemos jurar que não há nenhuma célula solta no organismo.
Quando removemos o tumor, caracterizamos a doença como ausente naquele momento, mas não como curada. O paciente é considerado como “sem evidência de doença” e não “curado”.
Alertamos os pacientes que existem dois riscos: o primeiro é que a doença pode estar escondida em algum lugar e pode voltar a aparecer mais cedo ou mais tarde. O segundo é que o paciente pode desenvolver um novo tumor primário.
Para evitar que a doença retorne, existe a quimioterapia como tratamento pós-operatório. Este tratamento é padrão e pode prevenir a volta da doença em uma porcentagem razoável dos pacientes.
Hoje em dia, avaliamos caso a caso se vale a pena fazer a quimioterapia de prevenção, que é chamada de quimioterapia adjuvante ou pós-operatório.
- Doença precoce pode ser verdadeira e não sincera em algum lugar escondido
- Existe a possibilidade de um segundo tumor primário
- Quimioterapia pode prevenir a volta da doença
O risco de a doença retornar depende da evolução do paciente e do estágio da doença. Por isso, é importante que o paciente volte ao consultório periodicamente para realização de exames de imagem.
Não podemos garantir a cura, mas estamos sempre buscando as melhores estratégias para prevenir a volta da doença.
Fonte
Câncer de pulmão: Recaída por Vencer o Câncer