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Tira-dúvidas sobre incontinência urinária com especialista – Episódio 07


Olá, eu sou o Dr. Gabriel Franco, urologista. Hoje vamos tirar algumas dúvidas sobre incontinência urinária.
A primeira pergunta é da Lucineia: “Quando espirro, costumo fazer xixi. Será que isso é incontinência urinária?”.
Olha, Lucineia, incontinência urinária é a perda involuntária de urina e pode ocorrer em algumas situações, como espirrar, tossir, pular ou fazer ginástica. Nessas situações, ocorre um aumento de esforço e a perda de urina involuntariamente.
A Claudinha_nina pergunta: “Dizem que depois de ter dois filhos de parto normal é comum ter esse problema. É verdade? Qual é o melhor tratamento?”.
Olha, Claudinha, é super comum sim. A passagem do bebê pelo canal do parto leva a alterações da musculatura feminina. Essas musculaturas são importantes para manter a continência urinária. Quando tem um parto normal, existe um enfraquecimento da musculatura que na maioria das vezes volta com o tempo. Algumas vezes demandou exercícios pélvicos para fortalecimento, mas em alguns casos especialmente quando os bebês são muito grandes, os partos são muito práticos, pode até necessitar cirurgia. Então, é importante caso você apresente isso, consultar com um especialista para manter o seu quadro em dia e ter uma melhor recuperação.
Agora a pergunta da Kahconceito: “Obesidade pode acarretar incontinência urinária?”.
Olha, Kah, é difícil de dizer uma causa direta, mas existe sim um aumento de incidência a obesidade. Ela leva a um aumento da pressão que o conteúdo abdominal exerce sobre o bexiga e isso altera um pouco a dinâmica de contratação dela, facilitando a perda urinária aos esforços. As pacientes que são um pouco mais acima do peso, também são um pouco mais sedentárias, e o sedentarismo também enfraquece a musculatura facilitando perdas urinárias. Então faz parte do tratamento a perda de peso e fortalecimento da musculatura pélvica para melhor controle da urina.
Agora vamos responder à pergunta da Cirleide Oliveira: “Pode acontecer incontinência urinária na fase jovem?”.
Olha, se eleja pode sim. Recebo vários pacientes com esse quadro a bexiga hiperativa que aquela sensação de urgência urinária, aumento da frequência urinária, acordar à noite com muita frequência, é bastante comum nas pacientes jovens. Em alguns casos, essa urgência pode vir acompanhada de perda urinária em pequena quantidade. Mas fique tranquilo esse quadro tem tratamento muitas vezes não precisa de cirurgia apenas reabilitação alguma medicação mais leve, mas tem tratamento é importante buscar um especialista para avaliar melhor a causa dessa incontinência e tratar da melhor maneira possível.
Agora a pergunta da MNalu 1: “Todos os idosos apresentarão incontinência urinária? É um processo da velhice?”.
Olha, na verdade, os idosos apresentam várias alterações no corpo deles e essas alterações modificam a dinâmica urinária por completo. A mulher especificamente quando envelhece, ela entra na menopausa. A menopausa leva a uma perda de hormônios que leva a uma atrofia genital eo enfraquecimento muscular. Essas associações juntas levam a uma facilitação enorme da perda urinária. Não é uma coisa que vai acontecer em todas as mulheres, mas é muito mais comum nas mulheres que já estão na fase da menopausa. É importante buscar acompanhamento com um urologista ou um ginecologista especializado para fazer um tratamento adequado e se livrar desse problema.
A última pergunta para finalizar é Daniela Carlin: “Como é o procedimento da redinha? E nos casos que isso não resolver, é caso de cirurgia? Quanto tempo de recuperação após a cirurgia?”.
Olha, Daniela, é importante para começar a responder essa pergunta, colocar os pingos nos is. O procedimento da redinha, apesar de ser uma técnica menos agressiva, também é considerada uma cirurgia. É uma cirurgia por via vaginal, onde é colocada uma pequena tela que suporta o canal da uretra. Essa tela, quando cicatriza bem adequada, fortalece localmente a região e melhora a incontinência urinária. É um dos tratamentos cirúrgicos mais comuns para incontinência urinária. Alguns quadros mais graves podem precisar de cirurgias mais complexas, mas essa é a cirurgia mais realizada ultimamente. A recuperação após a cirurgia, quando o paciente tem o pós-operatório tranquilo, sem nenhuma complicação, é rápida, em torno de 15 a 20 dias a paciente já está liberada às atividades dela. É diferente de antigamente, quando o paciente ficava quase dois meses em repouso.
Fonte: Incontinência urinária | Tira-dúvidas com especialista #07 por Drauzio Varella