Com o avanço da dengue, a síndrome de Guillain-Barré, doença rara e antiga, voltou a fazer parte do nosso dia a dia. Você que está em casa, sabe que sim. Começa nossa equipe é imprudente, falou com uma pessoa que foi vítima da doença e procurou também um especialista que esclareceu todas as nossas dúvidas. Acompanhe.
Por mais que se tenha falado ultimamente, muita gente ainda desconhece a síndrome de Guillain-Barré. Já ouviu falar? Não, não, nem sabe que não. O fato é que o desconhecido causa medo e preocupação. Acho que todo mundo tem medo, tem seis, né? Por isso, devemos prevenir. O trabalho dos correios na entrega todo dia, em vilas diferentes, a gente fica com muito medo e a gente vê muito descaso também por aí. A gente não dependência.
A dúvida é natural, até porque a síndrome é rara. Só agora, com essa epidemia de dengue, é que começaram a ser registrados casos de pessoas que desenvolveram algum quadro de paralisia. Para entender melhor, a gente conversou com um especialista, o neurologista Antonio Ferrari, que explica que a doença é desencadeada depois de uma infecção. É uma doença autoimune, ou seja, o organismo produz anticorpos para se defender e acaba atacando o próprio sistema nervoso.
A síndrome é rara e antiga. É uma cena que ocorre depois de uma infecção e o que vai acontecer é a pessoa começar a perder a força. Ela começa a perder força geralmente nas pernas, depois sobe e pode chegar nos braços e pode chegar até na respiração. E as dúvidas mais frequentes são sobre diagnóstico e tratamento.
O diagnóstico é simples, porque você vai encontrar um paciente que geralmente tem só um problema motor, geralmente não têm problemas em se tiver uma sensação formigamento, mas não uma alteração sensitiva. Ao exame neurológico, se teve alguma infecção, teve dengue, então, outra tendo dengue, então, você já faz o diagnóstico. E como é o tratamento?
Tem duas formas. A chamada plasmaférese: você tira o sangue do paciente, do sangue você tira o plasma e joga fora. No plasma é que estão essas células que estão agredindo os nervos periféricos. Ou você faz um outro tratamento que é a aplicação de um medicamento que chama imunoglobulina. A Maria Cristina teve que lamber e passou pelos dois tratamentos. Foi o maior apuro, chegou a pensar no pior.
Ficou 31 dias internada no Hospital Regional. Só conseguia mexer a cabeça. “Nem de baixo para cima, assim. Muito rápido porque aí, no segundo dia, o terceiro, eu já fui paralisando tudo, tudo. Aí, do jeito que paralisa o corpo, paralisa os órgãos também.” Ela se recuperou com dificuldade, fazendo fisioterapia e continua com limitações nos movimentos. O caso dela ainda é investigado para saber se houve relação com a dengue. Mas o pior já passou, foi assim muitos sofrimento mesmo. A recuperação foi lenta, mas assim, você tem que ter muita fé e muita muita.
Apesar de casos assim mais severos, segundo médico, não há motivos para alarmes. Você acha que não vai acontecer com você? Vai assim, não vai acontecer só com seu vizinho, seu amigo. Vai acontecer com você. Então, a preocupação com a síndrome não precisa mais. Preocupação com a dengue, essa sim, a população precisa ficar muito preocupada. E um cutucão no outro vizinho, chamar o outro, olha vamos cuidar, vamos tratar. É o que não tem acontecido muitas cidades em todo mundo. Tem que realmente se conscientizar, colocar a mão na consciência e perceber que a gente tem que se movimentar para tentar acabar de vez com esse inimigo número 1 da população.
Fonte: Saiba o que é a Síndrome de Guillain-Barré que pode ser causada pelo aedes aegypti por SBT no interior