Na semana da conscientização do autismo, convidamos um grupo muito especial para uma visita à sede tricolor. Monique e Camila são mães desses lindos tricolores. Fred, filho da Monique, tem 6 anos, Pedro de 7 anos e Miguel de quatro são filhos da Camila. Eles foram diagnosticados com Transtorno do espectro autista, ou seja, simplificando, eles têm um ritmo diferente no desenvolvimento neurológico. As duas mães tricolores tomaram iniciativa de criar um movimento “Autistas Flor”. Um dos objetivos é possibilitar que os autistas frequentem estádios e possam exercer a paixão pelo clube de coração.
O movimento se deu quando o filho de uma das mães não conseguiu permanecer na arquibancada durante um jogo do Fluminense contra o Botafogo. A partir daí, a página do movimento foi criada e muitas famílias atípicas querem vir ao Maracanã e assistir aos jogos do Fluminense. William e Luan também passaram a tarde conosco. Will, como gosta de ser chamado, tem 27 anos. Só aos 17 foi diagnosticado com autismo. “O William para mim é uma inspiração também, porque depois que eu realizei o sonho dele, conhecer o Fred, nesse dia para mim eu falei, não vou ter que voltar. Vou ter que ajudar o William nessa, nessa luta contra o autismo. A gente vai continuar seguindo nessa luta para poder mostrar que o autismo tem sim espaço em qualquer lugar”
Você lembra que logo no comecinho dessa reportagem a gente falou sobre um ritmo diferente no desenvolvimento neurológico, pois bem, muitos autistas têm uma hipersensibilidade auditiva que se torna um fator impeditivo para frequentar estádios. Então, vale o recado torcedor: não solte bomba no time. Nossos convidados passearam pela sala de troféus e assistiram à partida das guerreiras do Fluzão na vitória contra o Vasco.
Não foi uma coincidência eles acompanharem esse jogo. É que a Giovana, nossa camisa 7, é formada em psicologia e não à toa tem a função de atacar em campo fazendo gols e fora ela ataca o preconceito. “Foi através de uma amiga que a gente começou a se falar desde quando o Marcelo estava para chegar, né? E eles precisavam de um espaço na arquibancada. Daí, eu tive uma ideia de trazer eles para o nosso jogo e agora tá aqui tudo acontecendo. Tomara que seja daqui para frente. Eu uso muito: não tem a ver com profissionalismo em uma área, tem a ver com ser humano, pessoas e conscientização mesmo de cada um, desde dentro de casa até, vamos supor, na rua, no mundo inteiro, né? Para poder incluir pessoas e também eu acho que começa da educação, né? A gente percebe que muitas pessoas precisam ter a consciência de que talvez um próximo precise sim de um carinho especial.”
Gente, eu não preciso dizer nada, só isso. Olha que energia é tudo. Sobre energia, é muito bom ter isso, esse calor, são crianças, é o nosso futuro e nada mais. Olha só que lindo, eu amei, amei. Não tem nada a declarar, mas.
Fonte: SEMANA DE CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO: FORÇA, GLÓRIA E INCLUSÃO por Fluminense Football Club
