Ressonância Magnética da Mama
O radiologista avalia tanto a morfologia quanto a cinética da curva de realce em relação à cinética da curva de reais. Na fase inicial, as lesões malignas tendem a ter uma curva mais rápida. Existem três tipos de curvas: persistente, em platô e ascendente. É necessário que essas curvas sejam sempre correlacionadas à morfologia da lesão e ao tipo de realce na hora da avaliação das lesões.
- Curva tipo 3: encontrada em cerca de 45 a 50% dos carcinomas.
- Curva tipo 2: encontrada em 40% dos carcinomas e em 10% das alterações benignas.
- Curva ascendente: normalmente fala a favor de lesões benignas, mas também pode ocorrer em menos de 5 a 10% dos casos em lesões mais invasivas e em cerca de 40% dos casos de carcinoma ductal in situ.
O radiologista analisa as imagens para definir a área de interesse onde ele pretende realizar a curva. É necessário que esta área seja bem definida para obter uma curva fidedigna. A ressonância magnética também tem algumas limitações, como o realce inespecífico, que pode reduzir a sensibilidade e a especificidade do método.
Fase do Ciclo Menstrual
As mulheres que estão na pré-menopausa devem realizar o exame de ressonância magnética entre o sétimo e o décimo sétimo dia do ciclo menstrual para tentar minimizar os ruídos inespecíficos de fundo hormonal. Caso a paciente não menstrue mais e faça terapia de reposição hormonal, essa terapia deve ser suspensa seis semanas antes da realização da ressonância.
Exemplo de Caso
Em um exemplo de caso, uma paciente realizou uma ressonância de mama durante o período menstrual, e uma área suspeita foi encontrada. Quando a paciente retornou na segunda semana do ciclo menstrual, a imagem mostrou que a lesão suspeita na primeira imagem já não aparecia e a verdadeira lesão só apareceu nesse exame realizado na segunda semana do ciclo.
É importante orientar tanto o médico solicitante quanto o paciente a realizarem os exames de ressonância magnética entre o sétimo eo décimo sétimo dia do ciclo menstrual para obter resultados mais precisos.
Fonte: Ressonância Magnética de Mama – Parte 4/10 por Canal Médico