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Prevenção de contaminação por salmonela na Creche Santa Rita: dicas úteis para pais e responsáveis

Salmonella: Crianças são diagnosticadas com suspeita de contaminação alimentar

No último final de semana, algumas crianças deram entrada no pronto-socorro da Santa Casa com suspeita de infecção alimentar. Um pai que preferiu não ser identificado procurou a nossa produção para apresentar um exame no qual seu filho tinha sido diagnosticado com salmonela. Ele suspeita que seu filho tenha se contaminado na creche em que frequenta. Diante da informação passada pelo pai de uma das crianças que teria se contaminado com a salmonella, nossa equipe foi até a Creche Santa Rita para conversar com o representante da instituição. No entanto, fomos atendidos apenas pelo interfone e ninguém se prontificou para gravar uma entrevista.

Diante da suspeita de contaminação, a vigilância sanitária do município foi até o local para fazer uma vistoria. Embora tenha sido uma quantidade pequena de crianças, a inspeção foi realizada como base de rotina. Foi gerado um relatório quanto ao atendimento das crianças que foram atendidos na Santa Casa e foi coletado o material. No entanto, devido ao número pequeno de casos, não houve ligação com toxinfecção alimentar.

Segundo informações, seis casos de contaminação com salmonella foram confirmados entre as crianças que frequentam a creche. Para saber o que vem a ser essa doença, procuramos o farmacêutico bioquímico do laboratório da Santa Casa de Guaxupé.

  • A salmonella é um grupo bacteriano;
  • Existem várias espécies;
  • No caso específico, quando você tem uma número maior de pessoas que estão provavelmente contaminadas é onde a gente fala surto;
  • A espécie mais comum é a salmonella entérica;
  • Dentro desse grupo ainda existe mais ou menos duas mil espécies catalogadas;
  • Quando essa bactéria está instalada no intestino, ela provoca um quadro diarreico onde as fezes são líquidas e aparecendo sangue e sente dores febre.

De acordo com Carlos César, existe um exame específico que é feito no laboratório para diagnosticar a doença. É colhido um material, uma pequena porção de fezes, que é semeado em um meio de cultura, um tipo de gelatina onde tem nutrientes específicos. O microrganismo isolado é analisado pelo profissional, que realiza as chamadas provas bioquímicas para identificar aquela bactéria é patogênica ou não.

Após a confirmação e identificação sorológica da bactéria, é feito um segundo teste para saber o tratamento eficaz. É um outro exame que é chamado de antibiograma. Pega-se essa bactéria pura que foi isolada e verifica-se quais são os antibióticos pertinentes aquele grupo microbiano que foi isolado em Cuba por mais 24 horas para que o médico assistente possa prescrever o antibiótico adequado para o paciente.

Carlos César destaca ainda que esse tipo de contaminação pode ocorrer devido ao manuseio inadequado dos alimentos. Antigamente, a salmonella ficava nas fezes das aves e na casca do ovo. Ao quebrar o ovo, a bactéria entraria junto com a gema e a clara. Hoje, já é conhecido que essa bactéria pode adquirir um mecanismo dependente do ovo. Então, é possível comprar um ovo limpo sem a presença de fezes, mas essa salmonella pode estar dentro do ovo.

Para quem trabalha com saúde pública, algumas recomendações básicas são importantes para evitar contaminações:

  • O período que você prepara o alimento é importante;
  • Você tem um limite de duas horas. Se você passar desse limite, qualquer alimento em qualquer lugar é um risco muito grande que você corre;
  • Se alimente apenas com produtos que foram manuseados de forma adequada.

Fonte
Creche Santa Rita e casos de contaminação por salmonela por Welington Gonzaga