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Pneumonia: Entenda em 5 minutos com Medicina Resumida


Medicina em Cinco Minutos – Pneumonia Adquirida na Comunidade

Bem-vindos ao novo quadro do canal, Medicina em Cinco Minutos. O intuito é falar sobre uma patologia específica em apenas cinco minutos, mas talvez possamos passar um pouquinho disso.

Vamos começar com a pneumonia adquirida na comunidade. Para começar, vou contar uma breve história para definir bem essa patologia. Imagine que você está no seu plantão e um paciente entrou no hospital ontem às 10 horas da noite para uma cirurgia de apendicite. Você percebe que ele está com uma tosse produtiva e febre durante a madrugada. Ao fazer o exame físico e radiografia de tórax, você diagnostica que ele está com pneumonia.

Por mais que o paciente esteja internado, ele não tem uma pneumonia adquirida no hospital porque está internado há menos de 48 horas. Se estivesse internado há mais de 48 horas e começasse com a metodologia de pneumonia, aí sim poderíamos dizer que é uma pneumonia intra-hospitalar. Ou seja, a pneumonia adquirida na comunidade é toda pneumonia apresentada em um paciente que está morando na comunidade ou até mesmo pacientes que estão internados há menos de 48 horas.

Patogênese

Quando o assunto é patogênese, temos vários germes prováveis que podem causar esse quadro. O patógeno mais frequente é o estreptococo pneumonia, mas existem outros como, por exemplo, staphylococcus áureos, haemophilus influenzae, Chrome dof la neumonía, até mesmo legionella pode causar. Alguns vírus também podem causar, como o adenovírus, mas vamos focar nas infecções bacterianas.

Dividimos a doença em quatro fases:

  • Fase inflamatória: quando o patógeno chegou até o alvéolo e ele começou a sofrer ataque dos macrófagos alveolares e de neutrófilos e começaram a migrar para dentro do alvéolo.
  • Hepatização vermelha: o alvéolo começa a ficar lotado de Márcia por culpa daquela voz dilatação que aconteceu. Hemácias começam a migrar do capilar para dentro do alvéolo dando uma característica um aspecto avermelhado pro pulmão, parecendo com fígado, por isso o nome.
  • Hepatização cinza: já temos muitos fibroblastos que migraram para essa região e vários depósitos de fibrina que preenchem todo o alvéolo.
  • Fase de resolução: os macrófagos alveolares que ali residem começam a fagocitar essa fibrina que foi depositada e o quadro vai se resolvendo porque as bactérias já foram destruídas.

Clínica

Quando o assunto é clínica, o quadro vai ser o típico: tosse com muita expectoração, bem produtiva, essa expectoração é conhecida como muco purulento, amarelado e purulento, clássica febre, afinal de contas, estamos falando de uma infecção bacteriana. Esse paciente pode não apresentar dispneia, que é dificuldade respiratória, e no exame físico, vamos perceber que tanto na expressão quanto na palpação, a expansão unidade torácica vai estar diminuída. Durante a percussão, você vai perceber que o som está com uma mateideia um pouco mais acentuada e durante a ausculta, você vai perceber crepitações e agregados como, por exemplo, crepitantes que são estertores úmidos. O diagnóstico pessoal é feito juntando a clínica com uma radiografia de tórax, e vamos encontrar em geografia uma radiopacidade na região concentrada a infecção.

Tratamento

Para decidir o local de tratamento, usamos o score the Curb 65. Cada uma das siglas representa um ponto para esses cortes. O C significa confusão mental, o U significa ureia, com um ponto para cada valor acima de 50. O R significa respiração, onde a frequência respiratória do paciente for maior a 30, e se ela tiver hipotensão, vale um ponto. A B significa a sistólica menor que 90 ou a diastólica menor que 60. Se ambas estiverem, também vale um ponto. O 65 significa idade maior que 65 anos. Então, o paciente será pontuado de 0 a 5. Pacientes que fizeram de 0 a 1 são pacientes que podem ser tratados ambulatorialmente sem problema nenhum. Pacientes que fizeram 2 são pacientes com uma pneumonia moderada e temos que pensar se vamos interná-los ou não. Pode ser tratamento ambulatório ou intra-hospitalar. Se for de 3 ou mais, é uma pneumonia grave e temos que internar. Se for 4 ou 5, já temos que entender que temos que procurar leito na UTI para esse paciente, provavelmente.

Quanto ao tratamento, pacientes em tratamento ambulatorial e se forem pacientes que eram brevemente saudáveis e não tiveram nenhuma antibioterapia nos últimos três meses, podemos receitar uma Amoxilina. Podemos também passar uma Amoxicilina com ácido clavulânico se quisermos ir com um pouco mais de força. Se o paciente tiver alergia, podemos receitar Azitromicina que é uma macrolídeo. Se tiver alergia à macrolídeo, podemos ir com uma quinolona. Para aqueles pacientes que estão internados, mas que ainda não estão na UTI, podemos utilizar uma ceftriaxona mais uma cloridrato no caso pode ser Azitromicina ou até mesmo uma ampicilina-sulbactam mais uma cloridrato que Azitromicina. Se ele tiver aquela alergia, podemos ir para um levofloxacino. Se ele ficar na UTI, aí sim o tratamento é um pouco mais forte, ele ainda pode utilizar uma ceftriaxona e mais uma situação. Podemos optar por utilizar uma ceftriaxona ou uma levofloxacino.

Fonte
Pneumonia em 5 minutos │ MEDICINA RESUMIDA por Dr. Cristian Morato – Médico Explica