Olá, somos do grupo Patologia e Saúde e hoje estamos aqui para falar um pouco sobre a miocardite. A miocardite nada mais é do que uma doença inflamatória no músculo cardíaco que pode ou não estar associada com necrose dos miócitos. Geralmente, ela é identificada através de biópsia, utilizando as técnicas de histologia e imunohistoquímica.
Ela pode ser aguda, fulminante ou crônica e pode envolver áreas focais ou difusas do miocárdio. Na aguda, pode ocorrer falha no coração com disfunção do ventrículo esquerdo e ela pode caminhar para uma completa resolução ou dilatação do miocárdio. A estável, a crônica apresenta basicamente os mesmos sintomas, mas geralmente apresenta visível fibrose e pode incluir células gigantes, o que dificulta o diagnóstico. Já a fulminante apresenta sintomas semelhantes à gripe, com disfunção sistólica ventricular esquerda e choque cardiogênico.
Outras características que estão presentes são eosinofilia, sedimentação de eritrócitos e aumento da troponina ou creatina o que resulta na miocardite aguda ser mais comum em homens do que em mulheres. As mulheres normalmente apresentam sintomas mais graves da doença em idades mais avançadas. Já a fulminante é comum em crianças e neonatos.
A miocardite pode ser causada por uma ampla gama de agentes infecciosos, incluindo vírus, bactérias, fungos e protozoários, bem como desencadeadores não infecciosos, como toxinas e reações de hipersensibilidade. Os vírus são a causa mais comum de miocardite, principalmente em crianças. Dentre eles, já foram identificados o vírus da hepatite C, o HIV, o Inter, o vírus adenovírus, o influenzar, o vírus da herpes humano, o Epstein-Barr e o citomegalovírus.
As manifestações da miocardite vão de nenhum sintoma até sintomas de uma série miocardite causada por vírus ou células inflamatórias levando ao choque cardiogênico e arritmia. As pessoas com miocardite podem sentir dor no peito, palpitações, dor nas articulações, cansaço, desmaios e febre. Se a inflamação do músculo cardíaco levar à redução da função de bombeamento, também podem ocorrer sintomas de insuficiência cardíaca, como inchaço nas pernas e falta de ar.
Por ser uma doença de fácil confundimento, ou seja, seus sintomas que parecem muito com outras doenças, como o próprio infarto, ela é uma doença difícil de ser diagnosticada. Para o diagnóstico das miocardites podem ser utilizados biópsia, eletrocardiogramas, ecocardiogramas e ressonância magnética.
O objetivo do tratamento é eliminar inflamação e tratar os danos causados. A função do coração é útil no uso de anti-inflamatórios para atenuar o processo inflamatório e de imunossupressores ou imunomoduladores para reduzir a agressão do sistema imunológico ao miocárdio. Em condições ideais, deve-se tratar o agente etiológico da miocardite. A depender dos sintomas, antiarrítmicos e anticoagulantes devem ser prescritos. Além dessas medidas, uma dieta com restrição de sódio é indicada para manter a pressão arterial controlada.
Como prevenir a miocardite? Tomar medidas para evitar a propagação de infecções virais, como ficar em casa quando estiver doente e lavar as mãos regularmente, podem ajudar a prevenir alguns episódios de miocardite. Repouso, boa alimentação e avaliação médica adequada também são medidas importantes de prevenção. O bom senso no uso de antimicrobianos das infecções bacterianas e fúngicas e parasitárias também evitam a instalação dessa doença.
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Fonte: Miocardite: o que é e quais seus sintomas? por Patologia e Saúde