A Faculdade de Medicina da USP está investigando a morte de uma pessoa que tomou a vacina da Pfizer em Santa Catarina. Um outro caso suspeito envolve um advogado que morreu depois de receber a vacina da AstraZeneca.
Bruno Oscar Graff, de 28 anos, tomou a vacina da AstraZeneca no sábado, 14 de agosto. No domingo seguinte, dia 23, relatou dor no braço e uma forte dor de cabeça. O advogado foi internado no hospital Santa Catarina de Blumenau, com suspeita de dengue. Ele estava bem até que sofreu um AVC hemorrágico e faleceu na quinta, dia 26. Na certidão de óbito consta que a morte foi por uma disfunção no sistema de coagulação do sangue. A família, porém, acredita que o caso tenha relação com a vacina. Não foi oferecido para fazer o exame para confirmar se foi da vacina. O valor do exame era bastante alto. Primeiramente, eles não queriam fazer, mas depois resolveram porque não queriam conviver com a dúvida. O exame não é conclusivo, mas indica que a morte pode ter sido causada por efeito adverso da vacina na presença de trombose, que nem sempre é fatal. Ela ocorre numa fração muito pequena dos casos aplicados, principalmente com a vacina da AstraZeneca. Normalmente, as doenças tromboserobóticas ocorrem em indivíduos que já têm predisposição para doenças vasculares, e nesse caso pode ocorrer em qualquer faixa etária, mesmo sem a existência de uma condição pré-existente.
Procurado pelo Jornal da Cultura, o hospital Santa Catarina de Blumenau disse que não vai se manifestar enquanto resultado da análise não for divulgado. O resultado do exame sai nesta semana e está em investigação no Laboratório Central de Santa Catarina. E esse não é o único caso de possível efeito adverso grave em relação às vacinas contra a COVID-19 aqui no Brasil. O Dr. Paulo Saldiva, comentarista do Jornal da Cultura, investiga a morte de um paciente em São Paulo por uma possível reação à vacina da Pfizer. “Temos algumas evidências que pode ter acontecido. É mais raro. Abaixada faz, mas também acontece”, explica. Mesmo assim, a saúde ressalta que as vacinas são seguras e que os relatos de mortes causadas pelos imunizantes são muito raros, é uma incidência baixa. Ela tem um risco muito menor de morte. “Você tem uma taxa de mortalidade de 2%. A outra é 0,04%”.
Fonte: Mortes após vacinação contra Covid-19 estão em investigação por Jornalismo TV Cultura