Esquistossomose

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Olá, bem-vindos ao quadro. A partir de agora, vamos começar a falar sobre as doenças e a atenção pessoal. A doença sempre cai no vestibular, e também no Enem. A primeira doença que nós vamos falar é a esquistossomose, que é uma doença típica do Brasil, causada por um platelminto da classe Trematoda, que é o Schistosoma mansoni. Nós já vimos a reprodução e o ciclo do Schistosoma mansoni na aula de zoologia. Hoje, eu quero falar só sobre a doença. Se você ainda tem alguma dúvida, volte nas nossas aulas de zoologia.

Então, vamos lá. Já desenhei um quadro com algumas coisas que vocês precisam saber, por exemplo, como a doença é transmitida, quais são os sintomas e a profilaxia, que é a mesma coisa que prevenção. Mas antes de completarmos o quadro, vamos lembrar aqui o ciclo da esquistossomose.

Ciclo da Esquistossomose

Bom, como nós já vimos, neste ciclo existem dois hospedeiros: o homem, que é o hospedeiro definitivo da doença. Quando um homem está infectado, nós encontramos a forma adulta do Schistosoma mansoni. Esses vermes ficam alojados principalmente nas veias do fígado, e lá eles fazem reprodução sexuada. Parte dessa reprodução vai acontecer a formação de ovos, e esses ovos apresentam o spink1 que fura os vasos sanguíneos.

Os ovos então caem no sistema de gestão e serão eliminados junto com as fezes. Quando esses ovos caírem no ambiente, vão eclodir formando uma larva que é chamada de miracídio. Os nascidos irão penetrar em um hospedeiro que chamamos de hospedeiro intermediário. Este hospedeiro intermediário é o caramujo do gênero Biomphalaria, que pode ser encontrado em algumas lagoas.

Dentro do caramujo, os miracídios vão sofrer algumas transformações e também fazer reprodução assexuada, formando larvas cercárias que serão eliminadas no meio ambiente. E essas larvas podem penetrar ativamente a pele do homem.

Fechando aqui o ciclo, reparem então, pessoal, que neste ciclo existem dois hospedeiros: um hospedeiro definitivo e um hospedeiro intermediário. Quando existem dois tipos de hospedeiro, o ciclo é chamado de ciclo heteroxênico.

Nós já vimos aqui que a transmissão da esquistossomose acontece através das cercárias. As cercárias que estão em lagos contaminados podem penetrar ativamente a pele do hospedeiro. Quando ela atravessar a pele, vai cair na corrente sanguínea e vai percorrendo todo o organismo até chegar nas veias do fígado.

Sintomas da Esquistossomose

E quais seriam os sintomas dessa doença? Bom, nós poderíamos pensar em duas fases da esquistossomose: uma fase aguda, onde os sintomas principais são coceira. Essa coceira acontece quando a cercária penetra a pele do hospedeiro. Acontece também uma vermelhidão na região. Por isso, as lagoas contaminadas com cercárias são conhecidas como lagoa de coceira.

Além disso, algumas pessoas podem ter febre, fraqueza, e essas são reações comuns do organismo que está tentando eliminar aquele parasita. E com os parasitas ficam no sistema de gestão, nós podemos falar que eles também causam diarreia, vômitos, enjôos e na fase crônica, podemos falar outros sintomas, como por exemplo, a hepatosplenomegalia, que é o aumento do tamanho do fígado e do baço, e a famosa barriga d’água, que é chamada de ascite. A barriga d’água acontece devido a um acúmulo de líquido na região abdominal.

Prevenção da Esquistossomose

Então, pessoal, agora vamos falar da profilaxia, das medidas de prevenção contra a esquistossomose. Muita atenção, que isso aqui sempre cai em prova. A primeira delas é o saneamento básico. Saneamento pessoal é a profilaxia coringa das verminoses. Isso porque o saneamento básico envolve a construção de rede de esgoto e tratamento de esgoto, e isso impede a contaminação do ambiente com os ovos que saem nas fezes do hospedeiro. Então, com a construção de uma rede de esgoto, os ovos não caem no meio ambiente e não contaminando rios, lagos, açudes.

Uma segunda medida poderia ser a identificação e tratamento dos doentes, para evitar que essas pessoas contaminem o meio ambiente. E o tratamento da esquistossomose pode ser feito utilizando antiparasitários, que são drogas que atacam o parasita. Podemos falar também em combate ao caramujo. Isso porque o caramujo é o hospedeiro intermediário da esquistossomose, e esse combate pode ser feito utilizando o molusco-cida, que são substâncias químicas que matam esses moluscos. Só que isso deve ser feito com muito critério, porque o uso desses moluscos-cida pode causar prejuízos para o ambiente, como por exemplo, intoxicação de animais, e também pode causar desequilíbrio na cadeia alimentar.

E uma boa medida também é não nadar em águas desconhecidas, principalmente em regiões que apresentam o caramujo do gênero Biomphalaria.

Fechamos por aqui com a esquistossomose e na próxima aula vamos falar sobre a teníase. Até lá!