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Eletroconvulsoterapia: o que é, como funciona e para que serve.

Eletroconvulsoterapia

A eletroconvulsoterapia é um tratamento muito efetivo para os transtornos psiquiátricos graves e aqueles que não respondem ao tratamento medicamentoso. É um tratamento que salva vidas e que por muito tempo foi desconsiderado ou considerado como uma má prática médica.

Durante as últimas décadas, o tratamento foi extremamente aperfeiçoado com novas técnicas de anestesia e aparelhagem, que propiciaram aumento da segurança do tratamento, mantendo a mesma eficácia. Hoje temos como principais indicações:

  • Depressões graves refratárias ao tratamento medicamentoso
  • Quadros com ideação suicida ou com riscos de acidente
  • Quadros de mania ou esquizofrenia refratária
  • Doença de Parkinson
  • Status epilepticus

Para realizar o procedimento, além da indicação correta, o paciente deve passar por uma avaliação clínica e cardiológica para avaliar suas condições físicas e clínicas.

No dia do tratamento, o paciente deve estar em jejum e na sala de ST é feito um acesso venoso periférico, onde serão injetadas as medicações anestésicas. A importância da anestesia no procedimento é para o paciente não sentir dor e não ter nenhum tipo de contração muscular durante o procedimento.

Além disso, é importante falar que a anestesia é de curta duração durante o período de aplicação do procedimento, tornando o procedimento ainda mais seguro. Durante o período em que o paciente é submetido ao procedimento, todas as suas funções vitais, pressão arterial, frequência cardíaca e saturação de oxigênio são monitoradas, assim como as suas funções cerebrais, com o eletroencefalograma.

No geral, são necessárias entre 8 a 12 sessões no curso agudo de tratamento para melhora do paciente, e é recomendado que depois desse período, o paciente faça o tratamento de manutenção para evitar novas recidivas.

Importante também falar que a eletroconvulsoterapia é indicada em todas as faixas etárias, da infância até o idoso, sendo segura em todas essas faixas etárias. Na gestação, ela é e no pós-parto, ela é um procedimento bastante seguro, inclusive pode ser até mais seguro do que o tratamento medicamentoso.

Um dos grandes pontos que as pessoas ficam com medo quando procuram saber sobre a eletroconvulsoterapia é a respeito dos efeitos colaterais do tratamento. A princípio, é um tratamento muito seguro, com risco de mortalidade igual ao de pequenas cirurgias. O principal efeito adverso em que os pacientes e familiares se preocupam é sobre perda de memória.

Você sabe que ocorre perda de memória recente durante o período em que o paciente é submetido ao tratamento. Essa perda de memória pode ser maior ou de menor grau, dependendo de vários fatores, como por exemplo, o número de séries, a técnica utilizada, a carga elétrica utilizada e fatores individuais. Essa amnésia é temporária e depois que o paciente termina o tratamento, dias a semanas depois, a capacidade de voltar a memorizar retorna.

Porém, é importante salientar que o paciente pode ficar com uma lacuna em sua memória, aquele período específico em que fez o tratamento, que ele não se lembre. O tratamento não provoca nenhum tipo de lesão no cérebro. Inclusive, alguns estudos demonstram que a capacidade cognitiva melhora após o término do tratamento.

Hoje, o tratamento é feito com consentimento do paciente ou do responsável legal. Se você deseja saber um pouco mais sobre esse tratamento, pode acessar o nosso site.

Fonte: Eletroconvulsoterapia por R.A. Neuromodulação