Esquerichia Coli
À esquerda que acolhe é uma bactéria naturalmente presente na flora intestinal. Apresenta-se na forma de um bacilo e com a técnica da coloração de grande é possível observar que ela é uma bactéria gram-negativa, pois no final do processo atinge coloração rosa ou vermelho. Além disso, é uma bactéria anaeróbica e facultativa, ou seja, utiliza o oxigênio para obter energia, mas não necessita dele para crescer.
Sua estrutura bacteriana é composta basicamente por peptídeos ou fibras, flagelo, parede celular, membrana externa, membrana plasmática, citoplasma, ribossomos e material genético em forma de DNA. As fibras estão ligadas à aderência da célula, enquanto o flagelo permite sua locomoção. Sua parede celular é muito fina quando comparada à parede celular das gram-positivas, sendo formada por poucas camadas de peptídeo-glicano e com função de manter a pressão osmótica, prevenindo a expansão e rompimento da célula.
À esquerichia que acolhe é uma bactéria intestinal muito comum em todo o mundo e têm como habitat natural o trato intestinal da maioria dos animais endotérmicos ou de sangue quente, incluindo os humanos. Seu papel é proteger o organismo da invasão de outras bactérias e garantir o bom funcionamento do sistema gastrointestinal. Geralmente habitam o intestino sem causar problemas de saúde, no entanto, ao se disseminar para a circulação sanguínea e outras regiões do corpo, é capaz de provocar infecções.
Infelizmente, existem cepas patogênicas causadoras de infecções e doenças como infecção urinária, gastroenterite e meningite. Uma vez que entram no organismo, as cepas patogênicas colonizam a flora intestinal e se multiplicam.
Cepas Patogênicas
As cepas patogênicas da esquerichia que acolhe são divididas em cinco categorias de acordo com seu modo de funcionamento e com os sintomas provocados:
- Esquerichia Coli Entero-hemorrágica: relacionada a diarréias hemorrágicas, pois liberam toxinas que atacam as paredes dos vasos sanguíneos, causando problemas de coagulação e podendo provocar a síndrome hemolítico-urêmica;
- Esquerichia Coli Entero-toxigênica: causadora de infecções responsáveis pela chamada diarréia do viajante e diarréias agudas aquosas, provocando desidratação;
- Esquerichia Coli Entero-invasiva: cujos sinais clínicos característicos das infecções são febre alta, cólicas abdominais e diarréia, assim como a presença de sangue nas fezes. Uma vez no organismo, elas não liberam toxinas, porém provocam a morte de células e desencadeiam uma forte reação inflamatória;
- Esquerichia Coli Enteropatogênica: é a patogênica causadora das gastroenterites infantis, tendo como principal risco associado a elas a desidratação;
- Esquerichia Coli Enteroagregativa: responsáveis por atraso no crescimento e diarréia persistente, aderindo-se à mucosa intestinal.
As cepas patogênicas entero-hemorrágica, entero-toxigênica e entero-invasiva são as principais entre os animais jovens e adultos, sendo as três bactérias mais importantes entre os animais de estimação como cães e gatos.
Contaminação e Transmissão
A contaminação com a esquerichia que acolhe ocorre geralmente através do consumo de água ou alimentos contaminados com a bactéria. Na maioria das vezes, a origem da infecção é o tubo digestivo de animais ruminantes, especialmente os bovinos. Outros tipos de animais, incluindo porcos e pássaros, também podem ser fontes de contaminação. Algumas vezes, a esquerichia que acolhe pode estar presente no ambiente e pode se espalhar lá.
O ciclo de transmissão da esquerichia que acolhe ocorre basicamente da seguinte maneira: o animal infectado excreta a cepa patogênica que, por sua vez, é excretada nas fezes e fica no meio ambiente. Além de haver transmissão entre os animais de produção, do meio ambiente, vão para o comércio, água e alimentos contaminados, como frutas e verduras, transmitindo a bactéria para as pessoas, tornando assim fácil a transmissão entre pessoas e animais domésticos.
Pode haver também a transmissão direta de animais para pessoas através de produtos de origem animal.
Fonte
E coli por Laura Beatriz Rodrigues