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Caxumba em adultos: sintomas, tratamentos e prevenção na Unesp Notícias

Surto de Caxumba preocupa autoridades

Rafael tem 19 anos e está com a carteira de vacinação em dia, mas foi surpreendido pela caxumba. A suspeita é de que a doença tenha sido contraída dentro de casa no mês de setembro. “Eu acredito que eu tenha pego do colega que mora comigo. Eu moro em república, enfim, ele e como é altamente contagiosa, eu acabei adquirindo durante o período de recuperação dele”, conta.

Os sintomas da caxumba perseguiram Rafael por alguns dias até que procurou um médico junto da família. Ficou em repouso mesmo antes do diagnóstico definitivo. “Eu sentia muitas dores no maxilar e principalmente na né. Quanto à alimentação, não consegui me alimentar direito. É o corpo ficou dolorido e eu fiquei uns 15 dias de repouso absoluto e o inchaço foi o que mais durou mesmo”, lembra.

Jo, estudante de 24 anos, também pegou a caxumba. A suspeita é de que a contaminação tenha acontecido no mês passado depois de compartilhar copos e garrafas com outras pessoas. “Eu fui pra Franca e eu soube que ela já estava com o surto na Unesp de caxumba, então pode ser que tenha sido lá. Eu fui uma festa, então a gente sempre compartilha copa essas coisas, eu imagino que tenha sido”, disse. Os sintomas foram facilmente percebidos. “O primeiro sintoma foi o inchaço assim, então logo pensei que fosse caxumba porque é o mas é evidente assim dos sintomas e uma dor mas bastante insuportável. E depois eu fui ao médico só pra ter uma confirmação mais certa”, conta.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, há 290 casos da doença registrados na cidade. Segundo o diretor de Vigilância Epidemiológica da cidade, o município tem adotado medidas para garantir que o problema não se torne uma epidemia. “Todos os outros que teve na cidade agora a gente conseguiu chegar até o conhecimento do surto, conseguiu atuar, conseguiu fazer todo o bloqueio epidemiológico, conseguiu contê-los”, destaca.

A caxumba é uma inflamação das glândulas salivares transmitida principalmente pela saliva contaminada. Os principais sintomas são inchaço no pescoço, dor na região afetada, febre baixa, dor no corpo e diminuição do apetite. A contaminação acontece com facilidade porque a pessoa que está com vírus transmite a doença mesmo na ausência dos sintomas. “Ela começa a ser transmitida três dias antes da pessoa apresentar sintomas, então às vezes ela não sabe que está com caxumba ou não sabe que está doente, mas ela já está transmitindo o vírus para a vigilância epidemiológica”, alerta.

Prevenção é a chave para evitar a caxumba

O aumento de surtos é motivado pela falta de vacinação da população em alguma fase da vida. Por isso, é importante ficar atento ao calendário nacional de vacinação, que prevê pelo menos cinco vacinas que combatem a caxumba. A primeira dose deve ser tomada com um ano de idade e a segunda com um ano e três meses. Entre os 10 e os 19 anos de idade, devem ser tomadas a terceira e a quarta doses. Na fase adulta, mais uma dose, observada a idade máxima de 49 anos. “Quem não tomaram as doses devem procurar a unidade básica de saúde em que está cadastrado para receber o bloqueio. É importante frisar que só vai receber a dose da vacina a pessoa que não tiver duas doses na carteira. Aquela que tem duas doses não ter necessidade de receber uma dose adicional”, explica.

A caxumba não tem tratamento específico para combater a doença. As principais armas são a vacinação e a prevenção. “A gente sabe que tem uma pessoa com caxumba, então a gente evita esse contato com a pessoa né, evitar por conta da saliva. Então, às vezes, a gente põe essa língua porém a mão e a boca se contaminando e a pessoa que está com caxumba realmente é ficar um pouco mais isolado, então não ter contato, principalmente as crianças por conta de surtos nas escolas e locais fechados”, alerta.

Surto de caxumba em Bauru

O número elevado de surtos na cidade tem chamado a atenção. De acordo com o diretor de Vigilância Epidemiológica da cidade, há 21 surtos em andamento. “Agora no momento que a gente está trabalhando com ele, tivemos mais nove já foram resolvidos, já foi contido. É bem atípico este ano, está tendo um número elevado, mas não é só em Bauru, está no estado de São Paulo tudo isso acontecendo, então é um retrato que sintam preocupado”, destaca.

Fonte
Unesp Notícias | Caxumba em adultos por TV Unesp