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Cirurgia de epilepsia: tratamento pelo CIREP na Clínica Civil do HCFMRP USP FAEPA

Centro de Cirurgia de Epilepsia

Meu nome é Sakamoto, sou do departamento de neurologia da faculdade de medicina de Ribeirão Preto. Há alguns anos, dirigi o Centro de Cirurgia de Epilepsia do Hospital das Clínicas, um dos centros de excelência das nossas instituições.

O centro existe há 25 anos e dedica-se ao diagnóstico e tratamento das epilepsias mais graves, aquelas que não respondem ao tratamento medicamentoso. O problema fundamental dessas epilepsias é verificar se existe a possibilidade de um tratamento mais agressivo, no caso, o tratamento cirúrgico.

A cirurgia é relativamente simples, consistindo na retirada da parte cerebral doente, preservando o conjunto restante do cérebro, que deve continuar funcionando adequadamente para que o paciente não tenha sequelas.

Exames de diagnóstico

Os exames mais importantes para chegar à definição se é possível ou não receber um tratamento cirúrgico são:

  • Ressonância magnética: hoje o teste padrão para identificar lesões cerebrais mínimas.
  • Monitorização vídeo-eletrencefalografia: faz simultaneamente a imagem em vídeo do paciente no momento em que ele está tendo a crise eletroencefalográfica, registrando a crise epiléptica e verificando se ela tem uma origem que possa ser definida.

Com a informação da ressonância e da monitorização vídeo-eletrencefalografia, entre outros exames, conseguimos localizar com precisão e segurança se o paciente tem ou não a possibilidade de fazer a cirurgia.

Indicações e limitações da cirurgia

A cirurgia tem uma indicação ampla, podendo ser realizada em bebês até em indivíduos em idade adulta. A base da patologia e a localização do foco epiléptico são fatores que influenciam na complexidade e no resultado da cirurgia. Quanto mais a lesão está localizada do lado esquerdo do cérebro, mais se deve preocupar com as funções de linguagem. Em casos complexos, pode ser necessário fazer exames adicionais e complementar o mapeamento dentro do centro cirúrgico para identificar quais as áreas que são mais importantes e precisam ser preservadas, além de localizar a extensão do foco epiléptico.

Cada caso é um caso e o resultado da cirurgia depende da base da patologia e das limitações que cada paciente apresenta. Em casos mais simples, a cirurgia pode apresentar até 80% de cura do paciente; em casos mais complexos, o resultado pode não ser tão bom quanto. Em alguns casos mais complexos, a cirurgia pode ser limitada a fim de preservar funções importantes do cérebro do paciente.

Fonte
CIRURGIA DE EPILEPSIA PELO CIREP | Neurologia | Clínica Civil HCFMRP USP FAEPA por Clínica Civil HCFMRP USP FAEPA