Olá meninas, tudo bem? Nós decidimos mudar um pouquinho o formato tanto do nosso canal do YouTube como no Instagram porque, querendo ou não, dá uma enjoada, apesar de ser gostarem dos vídeos, a gente enjoa de só falado na mesma coisa, então a gente decidiu definir por quadros. Hoje, especificamente, o quadro é palavra de especialista. Vamos lá conferir?
E hoje eu vou falar especificamente sobre cirurgia intestinal na endometriose. Vocês quando leem o laudo de vocês, tanto do mapeamento como da ressonância, quando está lá escrito “endometriose intestinal”, o que que acontece? Aquele cabelo né? Sabe aquela aquela imagem do cabelo, “eu tenho endometriose no intestino, eu vou ter que tirar o intestino, meu Deus, e agora?”. Vamos tirar um pouquinho desse medo de vocês e falar sobre a cirurgia.
Primeira coisa que eu quero dizer, nem toda a endometriose intestinal necessita de cirurgia, então quanto a isso, fiquem tranquilos, procurem um especialista para avaliar o seu caso, se ele é cirúrgico ou não. Qual o sintoma? Vamos começar pelo sintoma da endometriose intestinal: a dor para fazer cocô durante o período menstrual, alteração do formato das fezes (cocô grossinho, cocô fininho, pouco, grosso). Aquela sensação de que quando eu acabo de fazer cocô, parece que ainda tem. A alteração de ficar um pouquinho mais pastoso ou constipado, isso é normal por conta da contração uterina.
Aí você foi no seu especialista e fez um mapeamento e lá estava endometriose intestinal. Por que a gente precisa desse mapeamento da ressonância? A gente precisa definir algumas características: número de lesões, circunferência de alça acometida. Quer dizer, o quanto essa indometriose está entrando no meu intestino. O tamanho da lesão. Dessas 3 características, aí sim a gente vai avaliar se é necessário cirurgia e se for necessário cirurgia, qual o tipo de cirurgia.
Agora vamos falar especificamente da necessidade cirúrgica. O que que a gente tem que avaliar? Então, se essa endometriose aqui é o meu intestino, se as endometrioses só estão na camada superficial, quer dizer, fora do intestino, se as endometrioses estão invadindo meu intestino e se ela está invadindo uma parte específica do meu intestino. Se ela tem redução do lúmen, que é isso, comprimindo, taciturno. Isso é indicação cirúrgica: acotovelamento, redução do lúmen, o quanto de circunferência que tá pegando, por exemplo, 30% de circunferência de alça, isso é indicação cirúrgica.
Frente à indicação, existem três tipos de cirurgia. A primeira é o cha vim: você vem como raspado, é igualzinho como se tivesse raspando a barba. Então, eu tenho a lesão aqui, ela é muito superficial e eu vou fazer um raspado. A outra é a ressecção circular. Como essa ressecção circular? Então, eu tenho um nódulo de endometriose intestinal aqui e eu vou fazer o que? Uma abocanha, uma deinha. Quer dizer, vou só pegar uma partezinha da minha parede intestinal.
E a terceira e última mais temida de vocês é a ressecção segmentar. Quando ela é indicada? Então, por exemplo, eu tenho uma lesão acima de 34 cm de extensão e essa lesão ela invadiu mesmo meu intestino, muitas vezes causando uma obstrução, uma oclusão dessa alça. Aí, sim, eu preciso cortar, cortar e fazer essa ressecção segmentar.
E dentro disso, vocês aí começam a pensar: e a bolsa de colostomia? Será que eu vou ter que usar ou não? Lembro se o seguinte: nenhuma cirurgia de endometriose quando é eletiva você sai com a bolsa de colostomia.
A bolsa de colostomia é uma explicação de um pós-operatório. Um ou dois por cento de pacientes necessitam de bolsa. Quer dizer, essa complicação é extremamente rara, fique tranquila. Por isso, a busca do especialista, da avaliação correta da necessidade ou não de cirurgia.
Bem, eu espero que eu tenha conseguido tirar um pouquinho dessas caraminholas da cabeça de vocês. E lembrem-se, nem toda lesão intestinal precisa de cirurgia. Um beijo e até mais.
E aí!
Fonte: Palavra de Especialista: cirurgia de endometriose intestinal por Dra. Graciela Morgado