Pular para o conteúdo

Aprenda sobre Colelitíase na Ressonância Magnética – Vídeoaula de Radiologia.


Saudações a todos! Meu nome é Rafael, sou médico radiologista, e este é mais um vídeo para estudantes e profissionais da área de saúde a respeito de radiologia e diagnóstico por imagem.
Neste vídeo, vamos conversar a respeito desta imagem. Trata-se de uma ressonância magnética no corte axial, sequência ponderada em T2. T2 porque o líquido que é predominantemente água está branco, e veja que a bile também está branca, apresenta hiper sinal aqui dentro da vesícula biliar.
Uma breve revisão anatômica: temos o fígado, vesícula biliar em direito e esquerdo, baço, adrenal esquerda, aorta, veia cava inferior, pâncreas, e essa pequena imagem com o profissional aqui é o colédoco. Observe a bile com hiper sinal porque é líquido. Observe o líquor com hiper sinal porque é líquido, e aqui dentro do estômago você tem um pouquinho de líquido com hiper sinal e ar com a ausência de sinal.
Veja que a gordura tanto visceral quanto a subcutânea apresenta hiper sinal também. O que temos de alterado nessa imagem é esta falha de enchimento com morfologia oval dentro da vesícula biliar. Observe a bile branca que corre. Esta falha de enchimento com a ausência de sinal é completamente preta dentro da vesícula.
Veja aqui na sequência ponderada em T2 corte coronal: você vê aqui o fígado, estômago, veia cava inferior, aorta, alças do intestino, e aqui a vesícula biliar contendo dentro dela esta falha de enchimento. Portanto, temos aí o diagnóstico de cálculo coledociano pela ressonância magnética.
Vamos comentar alguns detalhes: habitualmente, o diagnóstico de cálculo da vesícula biliar na cólica e 15 é feito pela ultrassonografia, que é um exame rápido, fácil, barato, e que faz o diagnóstico na imensa maioria das vezes. Algumas vezes, podemos lançar mão da ressonância magnética e identificar o cálculo, e como nesse caso aqui, ocasionalmente podemos identificar a coledocolitíase em uma ressonância magnética de abdome superior feito por outro motivo. Mas se o objetivo do exame é identificar cálculo biliar, deve ser feito a colangiografia por ressonância magnética, que é um exame diferente da ressonância do abdômen superior porque, na rotina do abdômen superior, num exame onde você perde ressonância magnética do abdômen superior, as sequências da rotina não entra a sequência da colangiografia por ressonância. Então, corre-se o risco de você não identificar cálculo numa ressonância de abdômen superior, e na verdade pode ter cálculo lá porque não foi feito a sequência de colangiografia por ressonância, que é uma sequência com cortes muito finos volumétricos, e depois fazemos a reconstrução em 3D. E a reconstrução MPE. Já na ressonância magnética do abdome superior, a colangiografia por ressonância não é feita sequência. Os cortes são mais grossos e tem intervalo entre os cortes.
Então, este é só um adendo para lembrar na pesquisa de coledocolitíase. E o ideal é solicitar colangiografia por ressonância.
Fonte: Vídeoaula Radiologia- RessonânciaMagnética: Colelitíase por Jezreel