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Alerta em Campo Grande: Febre maculosa transmitida por carrapatos está em alta. Saiba mais

O campo-grandenses estão em alerta por conta de uma doença transmitida pelo carrapato. O risco é principalmente para quem frequenta os parques naturais da cidade, isso porque o principal hospedeiro desses carrapatos é a capivara presente em grandes grupos nesses locais. Em Campo Grande, elas têm um espaço privilegiado neste parque localizado bem no centro da cidade. As capivaras convivem em harmonia com o homem, a natureza e seus jogadores dóceis que compõem o cartão postal da capital e revelam também os gracejos do Pantanal Sul-mato-grossense.

Mas o risco de contaminação por meio da febre maculosa preocupa. A capivara é o principal hospedeiro da doença que chega aos humanos pelo carrapato e a espécie mais comum de transmissão é o carrapato estrela. Nesta unidade da Embrapa em Mato Grosso do Sul, o tema da febre maculosa já era estudado mas ganhou força depois que houve um caso confirmado da doença na cidade de Dois Irmãos do Buriti, localizada a 110 quilômetros da capital.

Este pesquisador trabalha no combate aos carrapatos há mais de duas décadas e chegou a desenvolver parte deste livro recém-lançado pela instituição. Ele explica que se a doença da febre maculosa não for tratada a tempo pode levar à morte em poucos dias.

“Essa doença, quando acomete pessoas, além de uma evolução rápida, é com muita febre. A pessoa fica com manchas avermelhadas no corpo, então a pessoa deve procurar um médico rapidamente, até porque os sintomas são semelhantes a outras doenças”, alerta.

Os locais de onde saíram os carrapatos não foram divulgados, mas é a confirmação de que a doença existe e precisa ser combatida. “Como nós temos a confirmação de duas espécies que possuem a presença desse, a gente aqui no estado temos certeza que existe a circulação, portanto precisamos de políticas públicas é para tomar medidas e orientações para a população para que as pessoas não recebam picada de carrapato e principalmente de carrapato contaminado”, defende.

Neste laboratório biomolecular, estudantes da universidade federal de Mato Grosso do Sul, com foco em doenças infecto-parasitárias e também saúde animal, atuam na pesquisa do projeto de genoma dos carrapatos. Por meio do DNA, conseguem identificar a resistência dos carrapatos e chegar ao controle e prevenção da praga, que é urbana e também rural.

Desde 1999, a unidade da Embrapa em Campo Grande trabalha no desenvolvimento de uma vacina contra carrapatos. O estudo já apresentou resultado de 85% de eficácia no boi e, se for ampliado, poderá também apresentar resultados satisfatórios na capital para a principal hospedeira da febre maculosa.

Para o pesquisador, a circulação da febre maculosa no estado é uma preocupação à saúde pública. “Nós temos um conhecimento estabelecido e direcionado a uma espécie que causa prejuízo econômico que é o carrapato. Tudo bem, mas essa estratégia pode ser usada e é uma boa estratégia para controlar os carrapatos e capivaras, em recursos que são animais sentinelas, é com relação à febre maculosa brasileira.

A intenção dos pesquisadores agora é identificar a probabilidade da circulação da bactéria nos parques da cidade, onde se concentra grande população de capivaras e que acabam por atrair os carrapatos. No Parque das Nações Indígenas, o mapeamento começa a ser realizado pelo projeto. Quem frequenta o local diariamente se assusta com a notícia do risco de contaminação.

“É muito preocupante. Não tenho que achar outro lugar”, diz Brunet. Mas há também quem seja cauteloso na decisão e não quer deixar de frequentar o parque de tantas belezas. “Eu acho mil difícil quando se conta com o mundo, mas pode acontecer. No dia que dá vez em quando, acho que não ia fazer mal”, afirma.

Fonte: MS Record – Febre maculosa transmitida pelo carrapato deixa campo-grandenses em alerta; Veja por Videos MS Record