Obesidade infantil: um estudo sobre a influência dos pais na alimentação
Em 2000, publiquei meu primeiro trabalho científico sobre obesidade infantil. Com o objetivo de estudar o que acontecia quando não se mexia na alimentação da criança e os pais entravam em dieta, acompanhamos durante um ano 44 famílias de crianças obesas.
Com uma bolsa de iniciação científica do PIBIC, ganhava R$ 250 por mês. O resultado foi surpreendente: 85% de sucesso com a medida. Apenas 15% das famílias não obtiveram êxito, geralmente por conta da resistência dos pais em fazer dieta.
Na época, Flávia Bulgari, minha primeira nutricionista, me alertou sobre a dificuldade do trabalho com nutrição, pois a ignorância das pessoas as faz pensar que sabem comer bem. Mas, na verdade, elas não sabem nada.
Ao entrevistar as famílias, Flávia perguntava para as mães o que elas compravam e cozinhavam em casa. Era assim que descobríamos casos como o de um pai que comprava uma pizza para comer com o filho de sete anos. A criança comia quatro pedaços de pizza, o que é muito para uma criança de sete anos.
Por isso, tratávamos os pais juntamente com as crianças. Descobrimos que muitos pais e mães colocavam suas crianças em dieta, mas não faziam o mesmo por si mesmos. Enquanto a criança comia legumes, saladas e frango, os pais comiam bifes à milanesa, parmegiana e linguiça, por exemplo.
É importante chamar atenção para isso, pois os pais são os primeiros a ensinar hábitos alimentares aos seus filhos. Se eles não se atentarem a isso, podem ensinar hábitos ruins para as crianças.
- Ensine hábitos alimentares saudáveis aos seus filhos desde cedo;
- Seja um exemplo para seus filhos e faça dieta junto com eles;
- Não permita que seu filho coma alimentos não saudáveis com frequência;
- Invista em uma alimentação equilibrada e diversificada em casa;
- Procure a ajuda de um nutricionista para orientação adequada.
Fonte
MUZY EXPÕE ARTIGO SOBRE OBESIDADE INFANTIL E DEIXA ALERTA – IRONCAST CORTES por CarianiTV