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Teratoma no ovário: o que é e quais são os sintomas


Oi oi minhas lindas, tudo bem com vocês? Eu sou a doutora Cris, médica ultrassonografista aqui da cidade de Sumaré. Gostaria de continuar hoje nossa série sobre cistos de ovário. Tem mais um cisto que aparece bastante e que eu queria conversar com vocês: chama-se teratoma, ou mais corretamente, cisto dermóide. É um cisto que é duro, às vezes é bem pequenininho, às vezes ele é tão pequenininho que a gente fica até na dúvida se é ele mesmo. O que que a gente faz? A gente acompanha, porque também quando ele é muito pequenininho, a gente não precisa tirar, não precisa fazer nada.
Esse cisto é formado por células embrionárias. Vocês sabem que cada célula do nosso corpo tem o nosso DNA, e o DNA é a receita de como se faz um corpo, como se faz uma pessoa. O que nos faz, então, dentro dessa célula, é um cisto meio desorganizado. Ele forma cabelo, forma pelo, forma dente, forma pedaço de osso, e ele vai crescendo. Às vezes ele pode ser do tamanho de um ovinho de codorna, pequenininho, às vezes ele pode ser do tamanho de uma melancia.
Só que ele não é câncer, ele é um cisto benigno. Mas ninguém vai deixar uns tão grandões desse lá dentro da barriga, tem que tirar, porque ele começa a comprimir os outros órgãos. Quando ele é muito pequenininho, lembra que eu falei que pode deixar ele quietinho lá e ir acompanhando no ultrassom? Mas conforme ele vai ficando maior, ele é removido.
Esse cisto tem uma particularidade: ele pode acometer o outro ovário, e isso a gente não quer de jeito nenhum. Porque muitas vezes ele leva ao ovário acometido. Você tá lá jovem, já tá com cisto desse teratoma já ocupando seu ovário inteiro, você vai perder aquele ovário. Pode perder. Quando ele não é muito grande, ele pode ser preservado uma parte do ovário. E aí a gente vai acompanhar, porque já imaginou se ele acomete o outro ovário e a gente não está acompanhando? Isso poderia te causar uma infertilidade.
O importante desse cisto é ser removido quando ele está com o tamanho já de diagnóstico bem feio e depois ser acompanhado o outro ovário. Mas ele não é um câncer, não. Ele só é feio, tadinho, mas ele não vai precisar de quimioterapia e radioterapia, nada disso.
Depois, eu queria falar com vocês sobre o câncer de ovário. O câncer de ovário já é um cisto muito diferente. Ele tem carne dentro, as veias dentro. Passa muito sangue dentro dele e ele cresce muitas vezes rápido. Então, pode acontecer de uma mulher fazer um exame de ultrassom transvaginal no ano e não ter absolutamente nada, mas no ano seguinte já ter lá um tumor de ovário.
Os cânceres de ovário não são tão frequentes, mas eles existem e são basicamente o motivo pelo qual a gente faz o ultrassom transvaginal, também, para procurar esse tumor. Eles são muito graves, são tumores perigosos que frequentemente vão necessitar de cirurgias, às vezes mais de uma, quimioterapia, radioterapia e acompanhamento médico frequente.
Por isso que é importante a gente acompanhar esses cistos e saber se esses cistos sumiram, se estão aumentando, se estão mudando de característica. É por isso que o capítulo cistos de ovário é um capítulo importante. Lembra que eu expliquei que a maioria dos cistos são benignos, são funcionais do funcionamento do nosso ovário, mas a gente tem essas suspeitas perigosas, e por isso que a gente acompanha aqueles cistos para gente confirmar se eles desapareceram, se eles não estão lá, se não têm risco.
Fonte: O que é um Teratoma No Ovário? por Crisultrassom