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O que é Alzheimer: causas, sintomas e tratamentos.

Revisão rápida de Patologia: Doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa de caráter progressivo, ou seja, ela vai se estendendo conforme o tempo vai passando. Ela é caracterizada por uma perda de massa neuronal, de modo que o indivíduo desenvolve um quadro de demência. Esse quadro pode ser dos mais diversos, desde a perda da capacidade cognitiva até as disfunções cerebrais que prejudicam todo o funcionamento do organismo, como a movimentação e o controle.

Por esse caráter neurodegenerativo progressivo, conforme a doença vai avançando, os sintomas vão piorando. Até hoje, ninguém sabe muito bem por que ela ocorre, existem alguns postulados, mas ainda nada muito comprovado.

Se você analisar o cérebro de indivíduos idosos com Alzheimer e comparar com os cérebros de indivíduos idosos normais, você vai observar algo semelhante. A imagem ao lado mostra um cérebro normal e, à direita, um cérebro de um indivíduo com Alzheimer, ambos na mesma idade. Você nota que existe uma perda da massa neuronal e expansão de algumas regiões, como nos ventrículos laterais, o que acaba pressionando certas regiões e o indivíduo vai perdendo suas funções cerebrais.

  • Atrofia cortical: problemas motores;
  • Atrofia hipocampal: perda da capacidade cognitiva, memória.

Existem alguns postulados para tentar descrever a doença de Alzheimer, vou citar dois deles, mas existem outros.

Um deles é a frente desta proteína APP. Em certas condições, indivíduos com Alzheimer principalmente possuem certa desordem que faz com que se produza uma série de enzimas que vão ter um poder de degradar essa APP. Essas proteases levam essa APP para fora da membrana celular, e uma porção fica próxima da membrana celular que tem uma característica hidrofóbica, que tem a capacidade de autoassociação quando liberadas no espaço celular. E aí, você liberando essas proteínas, forma-se o que a gente chama de placas Beta-amiloide.

Essas placas de Beta-amiloide, formadas em excesso, acredita-se que se depositam no tecido neuronal e, com isso, você desencadeia um processo de lesão. Esse processo de lesão por sua vez faz com que a célula morra e você vai tendo condições atróficas. Esse é um dos postulados, até mesmo porque em cérebros de indivíduos com Alzheimer você tem uma observação muito grande da presença dessas placas de Beta-amiloide.

Outra condição é onde você perde a capacidade de estabilização da estrutura neuronal por decorrência de um problema causado nessa proteína chamada de Tau. Ela tem a capacidade de manter os microtúbulos que permitem que a estrutura do neurônio se mantenha e se conserve. Então, ela tem a condição de manutenção da estruturação desses microtúbulos. Por uma desordem, alguma coisa faz com que essas proteínas Tau fiquem hiperfosforiladas, e essa desorganização dessas proteínas faz com que elas se associem, se desprendam aqui no microtúbulo que mantém a estrutura normal.

Esse desprendimento faz com que as proteínas que compõem esse filamento acabem se desprendendo. Esse desprendimento dos filamentos faz com que a capacidade neuronal modifique-se e a estrutura do neurônio fica prejudicada. Ele não consegue mais manter sua arquitetura e acaba desencadeando um processo de morte celular.

Como eu falei pra vocês, é um processo longo, crônico e progressivo. O mal de Alzheimer atinge um dos seus piores estágios cerca de 80-90 anos, onde um indivíduo já perde quase que completamente a sua capacidade cognitiva e suas funções motoras e acaba em óbito.

Fonte
Revisão rápida de Patologia #3: mal de Alzheimer por EscolaCVI