Hepatite C

A hepatite C pode ser caracterizada pela inflamação do fígado, é causada pelo vírus VHC e transmitido através do sangue. Considerada uma doença silenciosa, na maioria das vezes não apresenta sintomas e a pessoa infectada nem sabe que tem a doença.

Segundo os dados mais recentes, quase dois milhões de brasileiros são portadores de hepatite C. A hepatite C representa uma das principais causas de cirrose hepática e de transplante de fígado no Brasil, além de ser a principal doença de fígado associado ao aparecimento de câncer de fígado, o chamado carcinoma hepatocelular.

Até 2015, o tratamento de hepatite C era considerado um tratamento longo e pouco efetivo. No final de 2015, foi lançado no mercado brasileiro uma nova geração de medicamentos que prometia menor tempo de tratamento, poucos efeitos colaterais e melhores resultados.

Além disso, outra possibilidade que se abriu com o novo tratamento foi de tratar pacientes muito graves até então excluídos do tratamento por causa dos efeitos prejudiciais do interferon. Já no início de 2016, pacientes com casos mais avançados da doença passam a receber o novo tratamento gratuitamente, após o Ministério da Saúde incorporar os medicamentos através do SUS.

Pouco mais de um ano após a introdução do novo tratamento, a Sociedade Brasileira de Hepatologia apresentou os resultados obtidos nos primeiros mil e quinhentos casos tratados com os novos medicamentos. O acompanhamento feito pela Sociedade Brasileira de Hepatologia foi realizado em todo o país por mais de 35 serviços de referência para tratamento da doença.

Dos 1.500 pacientes tratados, 95% conseguiram negativar o vírus após o tratamento, o que significa cura da infecção da hepatite C nesses pacientes.
A pesquisa também mostrou que a taxa de negativação do vírus manteve-se alta quando considerados diferentes tipos de hepatite C, chamados de genótipos.
No Brasil, a hepatite C do genótipo 1 corresponde a quase 80% dos casos de hepatite. Também foram observados índices de cura acima de 95%, mesmo em pacientes com a forma mais avançada da doença, a cirrose do fígado.
Em relação às ocorrências e aos efeitos colaterais, a taxa global de complicações foi de apenas 7,9%.
Nenhum efeito grave esteve associado ao uso das novas medicações.

Lembre-se, se você tem mais de 40 anos, procure o hepatologista e peça para fazer o exame para a hepatite. Quanto mais cedo você souber que tem a doença, maiores as chances de cura.

Fonte
HEPATITE C : Resultados do novo tratamento no Brasil por Tudo sobre Fígado

Novo tratamento para hepatite C: resultados no Brasil.

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