Insuficiência Renal Crônica
A insuficiência renal crônica é caracterizada pela redução irreversível da quantidade de néfrons, que pode evoluir para atrofia tubular e glomérulo esclerose. O paciente pode ter uma lesão renal que leva a um aumento da taxa de filtração glomerular, resultando em hipertrofia renal compensatória e aumento do tecido renal para tentar compensar o excesso de filtração glomerular. A maior causa de insuficiência renal crônica é a diabetes e hipertensão.
Estágios da Doença Renal Crônica
- Estágio 0: Paciente com fatores de risco, mas sem lesão renal demonstrada;
- Estágio 1: Paciente com taxa de filtração glomerular igual ou maior que 90 ml/minuto e alguma lesão renal demonstrada;
- Estágio 2: Paciente com taxa de filtração glomerular entre 60 e 89 ml/minuto;
- Estágio 3: Paciente com taxa de filtração glomerular entre 30 e 59 ml/minuto;
- Estágio 4: Paciente com taxa de filtração glomerular entre 15 e 29 ml/minuto;
- Estágio 5: Paciente com taxa de filtração glomerular menor que 15 ml/minuto, em terapia de substituição renal.
Cálculo da Taxa de Filtração Glomerular
Existem duas formas principais de calcular a taxa de filtração glomerular:
- MDRD: cálculo complexo, que pode ser realizado em um aplicativo de smartphone ou computador;
- Equação de Cockcroft-Gault: cálculo mais simples, porém menos acurado.
A equação de Cockcroft-Gault é calculada com a fórmula:
Depuração em ml/minuto = (140 – idade) x peso / 72 x creatinina (em mg/dl)
É importante lembrar que essa fórmula pode superestimar a taxa de filtração glomerular em alguns casos, especialmente em pacientes com obesidade, sobrepeso, carga de fluido ou secreção de creatinina no nível tubular.
Em resumo, a insuficiência renal crônica é uma doença que pode levar a uma redução irreversível da quantidade de néfrons. É importante calcular a taxa de filtração glomerular para classificar a doença renal crônica nos pacientes.
Fonte
Introdução à Insuficiência Renal Crônica por Jaleko Acadêmicos