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Herpes genital: Saiba tudo sobre sintomas, tratamentos e prevenção

Urologia descomplicada – Herpes genital

Recentemente fiz um vídeo sobre o HPV, uma das principais infecções sexualmente transmissíveis hoje no mundo. Se não viu ainda, dê uma olhadinha no link aqui no card. No vídeo de hoje, vamos conversar um pouco mais sobre outra IST muito comum e que causa incômodo e preocupação em muita gente: o herpes genital. Você já ouviu falar? Já teve? Conhece alguém com essa doença? Então, fique atento que vamos falar tudo que você precisa saber sobre o herpes genital.

Meu nome é Juliano Plastina, médico especialista em urologia, e seja bem-vindo ao nosso canal Urologia Descomplicada. Vamos descomplicar esse assunto, mas antes não esqueça de deixar o seu like e se inscrever no nosso canal. E para ser notificado toda vez que o vídeo novo for postado, é só ativar o sininho. Fique ligado!


O que é o herpes genital?

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são muito comuns no mundo todo. E assim como o HPV, o herpes genital é uma das mais prevalentes no Brasil. Estima-se o aparecimento de 650 mil novos casos por ano entre a população adulta de 15 a 50 anos. Os estudos mais recentes mostram que o herpes genital infecta um a cada cinco pessoas, ou seja, 20% da população é portadora do vírus. Deste percentual, apenas 3 a 4% vão manifestar sintomas da doença, seja de forma mais leve ou com lesões mais proeminentes.

O herpes é causado pelo herpes vírus classificados tipo 1 e tipo 2. O herpes genital é majoritariamente causado pelo tipo 2 e o herpes labial pelo tipo 1. Porém, há um número crescente de lesões genitais causadas pelo vírus tipo 1, principalmente pelo aumento da prática de sexo oral entre a população.

E o que acontece na infecção pelo herpes? Normalmente, o homem pega infecção ao ter relações sexuais com parceira ou infectado que tem lesões ativas na região anal ou genital. O vírus penetra na pele do pênis ou do ânus, inicia seu processo de multiplicação, ficando encorpado por um tempo indeterminado. Após a contaminação, o paciente pode apresentar lesões já nas primeiras semanas ou até mesmo anos depois do contato inicial ou ainda nunca apresentar lesões ativas.

A apresentação típica do herpes genital se inicia com lesões avermelhadas na pele da região genital, principalmente na glande e no prepúcio do pênis. Após alguns dias, as manchas se tornam pequenas bolhas com líquido bastante dolorosas e depois se rompem com o aparecimento de pequenas úlceras ou feridas. Aqui na foto temos um exemplo de lesões na fase de vesículas. Com o aparecimento das úlceras, inicia-se o processo de cicatrização e o fim do ciclo, onde podem restar pequenas manchas brancas como cicatrizes da infecção. Cerca de 60% dos pacientes sintomáticos apresentam recessiva das lesões nos primeiros 12 meses.

A transmissão ocorre predominantemente nessa fase sintomática pela presença das lesões genitais. Porém, pacientes com lesões muito pequenas e assintomáticas também podem transmitir a doença. Sendo muito importante o aconselhamento dos casais para que seja feito o tratamento e acompanhamento. Também, a presença do vírus do HPV pode aumentar a transmissão do herpes genital.


Diagnóstico e tratamento

Uma vez com a doença, o diagnóstico normalmente é feito pela história clínica e pelo exame físico das lesões. Nos casos em que há dúvida, alguns exames laboratoriais como testes para identificação do vírus nas lesões podem ser utilizados.

Infelizmente, não existe tratamento curativo para o herpes genital. Porém, temos disponíveis medicações que podem diminuir a sequência e encurtar o período sintomático das infecções. As drogas mais usadas são Aciclovir, o Valaciclovir e o Fanciclovir, todas por via oral. As doses e duração do tratamento dependem de cada caso e do médico assistente. A definição dessas posologias é importante lembrar que as pomadas como as Diaciclovir não têm um bom resultado no tratamento do herpes genital.

Também ainda não dispomos de vacina para prevenção do herpes. Mas, o que pode ser feito para evitar a doença? A maneira mais simples e mais importante é a diminuição do contato sexual pelo uso de preservativo e diminuição do número de parceiros. E também realizar o pronto tratamento das lesões ativas para diminuir o período de transmissibilidade. Por isso, na presença de qualquer lesão genital, é importante procurar o seu urologista.


Conclusão

O herpes genital é uma das ISTs mais comuns no Brasil e no mundo. Apesar de não haver cura, é possível controlar os sintomas e evitar a transmissão da doença. A prevenção é a melhor forma de evitar a infecção, por isso é importante estar sempre informado e tomar as medidas necessárias para cuidar da sua saúde sexual.


Ficou com alguma dúvida e precisa de um acompanhamento?

Aqui embaixo eu deixei um link para agendar uma teleconsulta comigo.


Fonte
SAIBA TUDO SOBRE O HERPES GENITAL por Urologia Descomplicada