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Entenda sobre a Esquistossomose: Causas e Características

Parasitologia: Schistosoma Mansoni

Olá pessoal! Espero que todos estejam bem. Hoje daremos início a uma série de vídeos sobre parasitologia e, para começarmos, iremos falar sobre o Schistosoma Mansoni, causador da esquistossomose mansônica.

  • A denominação dos dígitos “Mansoni” se deu em 1907 porém foi um autor baiano, Pirajá da Silva, que conseguiu caracterizá-lo. Por isso, você também pode conhecer a esquistossomose mansônica como “moléstia de Pirajá da Silva”.
  • No Brasil, ela é popularmente conhecida como “barriga d’água” ou “doença do caramujo”.
  • O gênero Schistosoma pertence à classe Trematoda e os seus representantes apresentam um acentuado dimorfismo sexual, são heteroxênicos e parasitam vasos sanguíneos em mamíferos, que são seus hospedeiros definitivos.
  • Os Schistosoma Mansoni apresentam diferentes formas evolutivas, sendo elas ovo, miracídio, esporófito, cercária e formas adultas.

Formas Adultas

Na forma adulta, o macho mede cerca de um centímetro e tem um corpo dividido em duas partes. Na anterior, encontra-se a ventosa oral e o acetábulo e na porção posterior, encontram-se as dobras laterais que servem para albergar a fêmea. Na fecundação, o macho não possui órgão genital, mas sim um canal ginecóforo que se abre no poro genital. Já a fêmea mede cerca de 1,5 cm, é mais escura e tem seu corpo dividido em dois. Na parte anterior, além das ventosas, possui vulva e útero.

Ciclo de Infecção

Em humanos, geralmente se infectam com cercárias. Quando essas penetram a pele ou mucosas, usualmente após o contato com fontes de água, geralmente a maior atividade dessas é das 10 às 16 horas, quando a luz solar e o calor são mais intensos. As crianças são frequentemente infectadas ao entrar em contato com açudes, pequenos córregos e reservatórios de água. As cercárias podem viver cerca de 36 horas, e a maior capacidade de infectar ocorre nas primeiras 8 horas de vida.

  • Diferentemente de outros parasitos, as cercárias presentes na água podem ser atraídas por outros hospedeiros e, assim, podem acabar penetrando vários mamíferos e aves.
  • Sua fixação ocorre graças ao auxílio de suas ventosas e de uma substância mo proteica produzida por suas glândulas acetabulares. Ao tomar posição vertical, penetra o tecido perdendo sua cauda. Esse processo pode durar até 15 minutos.
  • É válido ressaltar que as cercárias ingeridas geralmente são destruídas pelo suco gástrico, mas as que penetram nas mucosas conseguem se desenvolver normalmente.

Após penetração, os agora denominados esquistossomulos se adaptam ao meio e migram para os tecidos subcutâneos até alcançarem um vaso sanguíneo, sendo assim levados de forma passiva aos pulmões e posteriormente para o sistema porta-hepático. Ali, desenvolvem-se e se diferenciam em adultos macho e fêmea, que podem ficar até um ano à espera de um par para a cópula. Quando essa ocorre, eles descem acoplados para a veia mesentérica inferior, onde ocorrerá a oviposição.

Com 42 dias após a infecção, já se consegue visualizar ovos nas fezes do mesmo. Cada fêmea consegue por cerca de 400 ovos por dia nas paredes de capilares e vênulas, e cerca de cinquenta por cento destes alcança o meio externo com a perfuração da parede dos vasos.

Ciclo do Caramujo

Na segunda água, os miracídios eclodem dos ovos e podem ser atraídos por moluscos por meio de algumas substâncias. Podem, assim, infectar moluscos do gênero Biomphalaria pelos seus tecidos moles. Esses moluscos são seus hospedeiros intermediários.

  • No processo de penetração, o miracídio perde algumas das suas estruturas, como epitélio ciliado, musculatura e, por fim, o sistema nervoso. Sendo agora chamado de esporófito.
  • No caramujo, observamos a evolução do esporófito primário para secundário e posteriormente terciário. Após essas fases, inicia-se a formação ser italiana, que irá emergir para o meio aquático em um período de 27 a 30 dias, em condições ideais de temperatura.
  • É válido lembrar que o caramujo do gênero Biomphalaria também apresenta sintomas com infecção pelo Schistosoma Mansoni.

Conclusão

Ficamos por aqui, pessoal. Nos próximos vídeos desse assunto, iremos abordar alguns aspectos da doença, como os sinais e sintomas apresentados pelo caramujo e pelos humanos infectados, além de escrever um pouco sobre sua imunopatologia e prevenção. Então, já deixa seu like nesse vídeo, se inscreva no nosso canal e ative o sino de notificações para ficar por dentro de nossas postagens. Além disso, visite nosso site e nossas redes sociais. Muito obrigado pela atenção e até a próxima!

Fonte
Parasitologia- Esquistossomose: o que é e quais suas características? por Patologia e Saúde