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Educação em enfermagem para o câncer de esôfago


E aí
O esôfago é um tubo longo e delgado, que comunica a garganta ao estômago. Ele permite a passagem do alimento ou líquido ingerido até o interior do sistema digestivo através de contrações musculares. O câncer de esôfago mais frequente é o carcinoma epidermoide escamoso, responsável por 96% dos casos. Outro tipo de câncer de esôfago, o adenocarcinoma, vem tendo um aumento significativo, principalmente em indivíduos com esôfago de Barrett, quando há crescimento anormal de células do tipo colunar para dentro do esôfago.

Epidemiologia:
O câncer de esôfago apresenta uma alta taxa de incidência em países como a China, Japão, Cingapura e Porto Rico. O número de casos novos de câncer de esôfago estimados para o Brasil para cada ano do triênio 2020/2022 será de 8.690 casos em homens e de 2.700 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 8,32 casos novos a cada 100 mil homens e 2,49 para cada 100 mil mulheres. A estimativa mundial apontou 572 mil casos novos de câncer de esôfago no mundo, sendo a incidência duas vezes maior nos homens do que nas mulheres.

Fatores de risco:
O câncer de esôfago está associado ao alto consumo de bebidas alcoólicas e de produtos derivados do tabaco. Em outras condições que podem ser predisponentes para a maior incidência deste tumor são a hiperceratose palmoplantar, acalásia, o esôfago de Barrett, lesões cáusticas no esôfago, deficiência de ferro, agentes infecciosos como HPV, por exemplo, história pessoal de câncer de cabeça e pescoço ou pulmão.

Prevenção:
Para prevenir o câncer de esôfago, é importante adotar uma dieta rica em frutas e legumes e evitar o consumo frequente de bebidas quentes, alimentos defumados, bebidas alcoólicas e produtos derivados do tabaco.

Sintomas:
O câncer de esôfago na sua fase inicial geralmente não apresenta sintomas, porém alguns sintomas são característicos como a dificuldade ou dor ao engolir, dor retroesternal, dor torácica, sensação de obstrução à passagem do alimento, náuseas, vômitos e perda do apetite. E na maioria das vezes, a dificuldade de engolir já demonstra a doença em estágio avançado. A disfagia progride geralmente de alimentos sólidos até alimentos pastosos e líquidos. A perda de peso pode chegar até 10% do peso corporal.

Diagnóstico:
O diagnóstico é feito através da endoscopia digestiva, de estudos citológicos e de métodos com colorações especiais para que seja possível se fazer o diagnóstico precoce, fazendo com que as chances de cura atinjam 98%. Na presença de disfagia para alimentos sólidos, é necessário a realização de um estudo radiológico contrastado e também de uma endoscopia com biópsia o citologia para confirmação. A extensão da doença é muito importante em função do prognóstico, já que esta tem uma agressividade lógica devido ao fato do esôfago não possuir camada serosa e com isto haver infiltração local das estruturas adjacentes e disseminação linfática, causando metástases hematogênicas com grande frequência.

Tratamento:
O paciente pode receber como formas de tratamento a cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou a combinação desses três tipos. Para tumores iniciais, pode ser indicada a ressecção endoscópica. No entanto, esse tipo de tratamento é bastante raro. Na maioria dos casos, a cirurgia é o tratamento utilizado, dependendo da extensão da doença. O tratamento pode passar a ser unicamente paliativo através de quimioterapia ou radioterapia.

Cuidados de Enfermagem:
Realizar mudança de decúbito a cada 2 horas e avaliar a integridade da pele. Realizar higiene corporal e oferecer material para higiene corporal. Incentivar medidas que promovam o relaxamento, apoio emocional e tentar tranquilizá-lo, passando ali segurança. Observar sinais e sintomas de infecção e renovar curativo de punção quando necessário. Orientar para aumentar a ingestão hídrica e orientar quanto à mobilidade no leito. Observar drenagem quantidade e odor para detectar infecção cirúrgica.

É bom pessoal, espero que vocês tenham gostado. Deixe seu like, se inscrevam no canal. Obrigada e até o próximo vídeo.
Fonte: Câncer de Esôfago Educacional Enfermagem por Só Enfermagem