O fenômeno de “O”
Quando os pacientes chegam ao consultório falando que a medicação não está mais funcionando, a primeira coisa que a gente tem que fazer é entender que a levodopa tem um ciclo. Esse ciclo pessoal está associado diretamente com a absorção da medicação no intestino e isso então vai depender principalmente de como você está tomando a medicação. Isso é uma coisa que os pacientes têm dificuldade em entender. Quando você entende isso, você consegue trazer as queixas melhor para o médico e a gente consegue manejar melhor.
O ciclo da levodopa
- Todos os medicamentos, até mesmo os à base de levodopa, têm um período em que fazem um pico de ação e depois vai diminuindo.
- A duração da ação da medicação no corpo é de cerca de 4 a 5 horas, dependendo do paciente e do grau de evolução da doença.
- Depois dessas 4 a 5 horas, não há mais nada do remédio no corpo e aquele nível não é suficiente para fazer o paciente se sentir bem.
- Os sintomas da doença, como rigidez e sintomas não-motores relacionados à dor, fadiga e ansiedade, podem piorar.
Período On e período Off
Quando o paciente está sob o efeito do remédio, ele está no período On, onde ele percebe uma melhora nos sintomas, independente da dose ou do remédio. Quando o paciente deixa de perceber esses sintomas de melhora, ele está no período Off, onde o efeito do remédio é menor ou acabou.
Nem sempre o paciente percebe quando está no período Off, mas ao longo da doença é comum chegar um momento em que o remédio não está fazendo mais efeito ou o efeito é menor. Nesse momento, a dose de levodopa costuma ser maior e pode aumentar ao longo da evolução da doença.
Como lidar com o período Off
Existem muitas técnicas e manejos para fazer com que a levodopa persista no corpo por tempo suficiente para que o paciente não perceba a baixa dela e não entre no período Off. É fundamental entender que o tratamento não é estático e precisa ser adaptado à evolução da doença.
- O tratamento é dinâmico e precisa acompanhar a progressão da doença.
- Existem momentos em que o paciente estará bem ou mal, mesmo com um tratamento semelhante.
Por isso, é importante estar sempre em contato com o médico e comunicar as mudanças nos sintomas e no ciclo da medicação.
Fonte
Períodos On e Off na Doença de Parkinson | Dr Diego de Castro Neurologista por Dr Diego De Castro Neurologista