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Desidratação em Idosos: Causas, Sintomas e Prevenção


Envelhecer com Saúde – Desidratação em Idosos

Desidratação em Idosos

Estamos em pleno verão, uma época caracterizada por temperaturas mais elevadas, especialmente aqui no nordeste. Por conta disso, aumenta-se o risco de desidratação, principalmente entre os idosos.

Neste episódio “Envelhecer com Saúde”, eu vou explicar por que os idosos têm maior risco de desenvolver esse problema e quais as dicas para prevenir a ocorrência da desidratação.


Por que os idosos têm maior risco de desidratação?

Vários são os motivos que levam o idoso ao maior risco de desidratar. Primeiro de tudo, o idoso tem menos água no corpo se comparado ao jovem. Para se ter uma ideia, no jovem, cerca de 60% do corpo é formado de água, enquanto que esse percentual no idoso cai para 45-50%. Além disso, o idoso tende a sentir menos sede, pois o centro da sede do idoso no cérebro é mais ineficaz, levando-o a ingerir menos água. O idoso também tem uma menor capacidade de concentrar a urina, o que acaba levando-o a perder mais água através da urina.

Além disso, o idoso, com mais frequência, tem problemas de memória, o que leva a esquecer de beber água e ingerir líquidos. Sem contar que os problemas de locomoção, que também são mais comuns no idoso, podem dificultar o acesso do idoso à água. Alguns idosos apresentam incontinência urinária e, quando isso acontece, tendem a ter mais receio de ingerir em quantidade adequada de líquidos. Por último, problemas na deglutição também mais frequentes entre os idosos podem contribuir para uma ingestão insuficiente de líquidos nessa faixa etária.


Quais as manifestações clínicas da desidratação?

O idoso desidratado pode apresentar boca seca, pele seca, aumento da frequência cardíaca, redução da pressão arterial, tonturas, fraqueza, confusão mental, olhos fundos, redução do volume de urina e, por fim, urina mais escura.


Quais as dicas para prevenir a ocorrência de desidratação do idoso?

  • Ingerir pelo menos 2 litros de líquido por dia. Nos dias mais quentes ou em situações de perda de líquido, como a diarreia e vômito, essa quantidade deve ser ainda maior.
  • Nos idosos mais dependentes, oferecer líquido com frequência, em quantidades menores, mas com maior frequência. Se o idoso por acaso tem maior resistência a ingerir líquidos, ofereça líquidos da preferência dele, por exemplo, sucos, chás e outras bebidas que o idoso mais goste. Mas vale lembrar que essas bebidas não devem conter álcool, porque o álcool tem um efeito diurético e acaba aumentando a eliminação de líquidos pelo organismo.
  • Nos idosos com maior dificuldade de ingerir líquidos, é válido anotar a quantidade de líquidos que aquele indivíduo ingere diariamente. Isso pode ser mais trabalhoso, mas é útil.
  • Identificar e tratar problemas que possam estar contribuindo para diminuir a ingestão de líquidos entre os idosos, como incontinência urinária e distúrbios da deglutição que eu citei anteriormente.

Enfim, pessoal, espero que vocês fiquem alertas em relação ao problema da desidratação e sigam essas dicas que eu citei. Compartilhem essa informação, não deixem de se inscrever aqui no nosso canal, e mais uma vez lembro que envelhecer com saúde é assim uma questão de escolha.

Fonte: DESIDRATAÇÃO NOS IDOSOS por Envelhecer com Saúde