Com tantos casos de dengue, é importante se conscientizar sobre a importância de manter o quintal limpo e ficar atento aos recipientes com água parada para evitar a proliferação do mosquito. Mas a prevenção vai muito além disso, a união de muitas pessoas é necessária, pois qualquer pessoa da sua família pode ser contaminada a qualquer momento.
Desde quinta-feira o Balanço Geral tem mostrado como as sequelas da dengue podem afetar a vida dos pacientes. É com muita dificuldade que, com auxílio do andador, Carol tenta aos poucos se movimentar. A rouquidão, as mãos trêmulas, a fraqueza e a respiração ofegante são algumas das sequelas da dengue hemorrágica que ela teve. Alguma semanas depois, ela teve que reaprender tudo, desde alimentar-se sozinha até movimentar-se.
Os primeiros sintomas foram parecidos com os de gripe, com cansaço e febre, mas evoluíram e precisou ser levada ao hospital com 42 graus e manchas vermelhas e roxas pelo corpo. A partir dali, começou uma nova batalha pela vida. Foram 20 dias intubada na UTI.
Atualmente, faz acompanhamento com pneumologista, neurologista e fisioterapia três vezes por semana com profissional e, diariamente, sozinha em casa. Além disso, toma diversos medicamentos como antibióticos e remédios para dormir e para a alimentação, que também mudou para comidas mais leves, além de um suplemento vitamínico.
É importante lembrar que o tratamento para dengue é feito por meio de hidratação, repouso e alimentação balanceada. Medicamentos jamais devem ser usados sem prescrição médica. Os remédios são para sintomas como coceira pelo corpo, quando aquelas manchinhas vermelhas, enjoo, quando o paciente tem muita náusea e dor e febre. Eles podem piorar o quadro clínico da dengue.
A dengue hemorrágica é mais comum em pessoas que já tenham contraído a doença antes, mas pode acontecer em pacientes primários, como é o caso da Carol. É uma evolução da dengue normal, onde as complicações vão se somando e a reação do organismo é exacerbada.
Joinville tem hoje 7.018 casos confirmados de dengue, sendo 6.963 autóctones. O número de óbitos preocupa as autoridades, dez pessoas morreram, cinco a mais do que as mortes registradas no ano passado. Para Carol, os dados poderiam ser bem menores se cada pessoa fizesse a sua parte.
Ainda não sabe quando vai poder voltar a sua vida ativa, não sabe quando vai conseguir voltar a trabalhar, pois depende do seu corpo para trabalhar. Tudo isso porque alguém foi negligente. As pessoas têm que se conscientizar de que elas dão uma reta na vida delas, é a vida de outras pessoas. Se cada um cuidasse do seu quintal, a gente já teria melhorado muito o quadro na cidade.
Para ajudar na prevenção, é importante manter o quintal sempre limpo e sem água parada. Além disso, é fundamental usar repelente e roupas compridas. A prevenção é a melhor forma de evitar a dengue.
Fonte: Dengue: o drama dos pacientes que sofrem com as sequelas da doença por Balanço Geral Joinville