Prevenção do Câncer de Colo de Útero

Muita gente associa o câncer a genética, como se desenvolver a doença fosse um destino inexorável. Mas a verdade é que uma dieta equilibrada aliada à atividade física regular previne a maioria dos tumores. Essa mudança no estilo de vida não é uma tarefa simples, mas pelo menos um câncer pode ser praticamente erradicado: o câncer de colo de útero.

Mais de 90% dos casos de câncer de colo de útero são causados pelo HPV (Papiloma Vírus Humano).
A principal forma de contágio pelo HPV é a sexual, sendo que o cálculo é que 75% das mulheres irão contrair o HPV ao longo da vida.
Mais de 95% das mulheres irão se curar espontaneamente e adquirir imunidade, somente deixando o sistema imunológico exercer sua função.
O grande problema são os outros 5% de mulheres que não eliminam o vírus por conta própria. Nesses casos, o HPV pode provocar uma lesão que vai progredindo bem lentamente, podendo levar de dois a dez anos até se transformar em câncer de colo de útero.
O câncer de colo de útero é a quarta principal causa de morte por câncer no Brasil.

A camisinha é uma das formas mais importantes de prevenção, embora muita gente não a use. Além disso, é muito eficiente contra o HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. Porém, como o HPV pode provocar lesões em outras regiões que não a genital, o preservativo pode não ser suficiente para evitar o contágio.

A melhor maneira de não contrair o câncer de colo de útero é a vacina contra o HPV. No Brasil, por incrível que pareça, surgiu um movimento de pais que se manifestam contra a vacina, levando em conta a existência de possíveis efeitos colaterais que teriam surgido após vacinarem suas filhas. A ligação entre a vacina e esses efeitos nunca foi comprovada.

Em 2015, foram aplicados mais de 4 milhões e 100 mil doses da vacina contra o HPV. Em seguida, foram notificados 854 casos de eventos adversos, ou seja, 0,02% (dois em cada mil). Dessas notificações, 95% eram esperadas e sem nenhuma gravidade. Dos mais graves, 19 foram casos de reação alérgica, que pode de fato acontecer com qualquer vacina, e 17 foram pessoas que tiveram convulsão, sem a gente saber direito porque, tirando as reações alérgicas, nenhum outro efeito foi comprovado como resultado da imunização dessas mais de 4 milhões de meninos.

Seja consciente e ajude a eliminar o câncer de colo de útero. Vacine suas filhas entre 9 e 13 anos de idade e proteja-se regularmente fazendo todos os exames de Papanicolau, que detecta as lesões do HPV numa fase precoce em que elas são curáveis com muita facilidade.

Fonte
Dr. Drauzio Varella explica como se prevenir contra o câncer de colo de útero. por Qualicorp