E na maioria das vezes, eu, você e milhões de pessoas no mundo associam a dor à necessidade de buscar assistência médica. E quando se trata de coração, isso não é muito diferente. Mas é aí que está um ponto curioso. Nem sempre a dor será um indicativo de um coração doente. Neste episódio da série Vida Impulso Especial – Setembro Vermelho, vamos falar sobre dor torácica e como um diagnóstico prévio pode evitar uma das doenças mais comuns entre as pessoas do mundo inteiro e que a gente sempre ouviu falar: o infarto.
Mas o que é dor torácica e infarto? O Doutor Leopoldo Pegas, cardiologista do HCor, vai nos explicar. O infarto do miocárdio acontece quando se forma uma placa de gordura dentro da artéria coronária. A idade, obesidade, alimentação, hipercolesterolemia, diabetes, hipertensão arterial e sedentarismo são os principais fatores de risco. A grande diferença em relação ao infarto é que ele tem uma dor persistente, que pode durar horas, se não for tratado rapidamente.
E a gente não precisa ir muito além para entender como esse problema é grande. Só no Brasil, cerca de 300 mil brasileiros sofrem de infarto agudo do miocárdio por ano. Quanto mais idosa é a pessoa, maior a possibilidade de ter um infarto, mas não pense que isso só ocorre com pessoas de idade avançada. A partir dos 30 anos, os índices subiram treze por cento em quase uma década.
Mas será que qualquer dor no peito pode ser infarto? Vamos entender melhor os principais sintomas. O principal sintoma de apresentação de um paciente com infarto do miocárdio é uma forte dor no peito retroesternal, como nós falamos. Geralmente, essa dor vem acompanhada de outros sintomas, tipo náusea, sudorese fria, mal-estar, tontura, mas predomina a dor pré-cordial.
Mas aí surge uma pergunta: pode haver um infarto sem dor? Sim, pode haver. Nós sabemos que pacientes diabéticos têm uma maior tolerância à dor precordial, e você sabia que o infarto pode variar entre mulheres e homens? E isso acontece por conta de nossas diferenças anatômicas e funcionais. Além disso, existem outras características relacionadas ao público masculino e feminino. Os homens são muito mais sujeitos a infarto do que as mulheres até uma determinada idade, enquanto a mulher está na sua fase fértil, enquanto a mulher ainda tem uma boa proteção dada pelos estrógenos, que são os hormônios femininos. Ela é parcialmente protegida.
Vale saber que alguns hábitos contribuem para um infarto, e muitos deles estão diretamente ligados ao nosso estilo de vida. É indispensável conhecer os fatores de risco e saber agir da forma correta. Tem que começar precocemente a prevenção, inicialmente a prevenção primária, controlando a sua alimentação, fazendo seus exercícios, não fumando. São coisas muito simples e que podem ser feitas. Além de claro, manter o peso sem excessos alimentares. Porém, muitas vezes, só ter hábitos saudáveis não é o suficiente para prever um infarto. É preciso estar com os exames em dia, principalmente se na sua família houve casos de pessoas que tiveram doença.
Oitenta por cento dos casos de ataques cardíacos e infartos prematuros podem ser evitados se ações preventivas forem adotadas. Essas pessoas devem ser submetidas a exames especializados. Esses exames basicamente vão identificar se existe uma redução da circulação em uma determinada artéria, são exames habitualmente não invasivos, ligados ao exercício e à medicina nuclear.
E o mais importante talvez seja a mensagem mais importante a ser passada: a artéria que subitamente chow-chow tem que ser recanalizada, e a melhor maneira de recanalizar é através do cateterismo cardíaco e da angioplastia, geralmente para colocação de um Stent. Que é aquela molinha que mantém a artéria aberta.
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Fonte: Quando a dor no peito pode ser um sintoma de infarto? | Vida em Pulso por Hcor