Sintomas, diagnóstico e tratamento da esquistossomose
Olá pessoal,
Espero que todos estejam bem. Nesse último vídeo sobre o parasita Schistosoma Mansoni, iremos falar sobre os sintomas da esquistossomose, diagnóstico, imunopatologia e tratamento. Então, vamos lá!
Vocês se lembram quando citamos o envelope de Van Litztenberg no vídeo passado? Essa camada é responsável pela síntese e secreção de antígenos solúveis dos ovos que irão atravessar os poros da casca e atingirem a mucosa, sendo fundamentais para a formação do granuloma. Quando na fase aguda da doença, a reação granulomatosa é exacerbada, podendo chegar a 100 vezes o volume do ovo. Diferentemente da fase crônica, em que o granuloma apresenta dimensões menores.
É válido lembrar que a forma em que a doença se desenvolve vai depender de alguns fatores, como estado nutricional do indivíduo, a idade do hospedeiro e a carga parasitária e a resposta imunitária, sendo que os dois últimos fatores exercem maior influência na sintomatologia.
Como mencionado, existem algumas fases da doença:
- Fase pré-patente: ocorre de 10 a 35 dias após a infecção. A maioria dos indivíduos não relatam sintomas, caracterizando essa fase assintomática. Entretanto, alguns apresentam febre, dores musculares, hepatite aguda, desconfortos abdominais, tosse e mal-estar.
- Fase aguda da doença: irá aparecer em torno de 50 dias e pode durar até 120 dias após a infecção. Poderão ser visualizadas as áreas de necrose tecidual no intestino devido à disseminação miliar dos ovos, acarretando uma enterocolite aguda e com disseminação granulomas poderão ser encontrados não só no intestino, mas também no pulmão e no fígado, caracterizando a fase toxêmica com sudorese, febre, emagrecimento, calafrios, desinteria, cólicas, cinismo, linfadenia e alterações discretas no fígado.
- Fase crônica da doença: a passagem da forma aguda para a forma crônica da doença é lenta e ocorre diminuição da hipersensibilidade aos antígenos secretados pelos ovos, levando à diminuição da sintomatologia e granulomas menores. Na maioria dos casos crônicos, o paciente relata dores abdominais, constipação, diarreia muco sanguinolenta devido à passagem de ovos para a luz do intestino, e tudo isso intercalado por longos períodos normais. O fígado pode se apresentar bastante doloroso à palpação no início e com aumento. Os numerosos granulomas do espaço porta-hepático podem se formar devido aos ovos ali localizados. Com o passar do tempo, devido às várias razões, o fígado pode diminuir de tamanho e se apresentar bastante fibrosado. Tal fibrose pode provocar obstruções dos Ramos intra-hepáticos da veia porta. O aumento da pressão pode levar à formação de varizes esofagianas, cujo rompimento pode ser fatal. A esplenomegalia e ascite e a formação de circulações colaterais anomalias podem facilitar que os ovos sejam levados a diferentes órgãos. Por fim, rins e pulmões podem ser bastante afetados devido à deposição de complexos antígeno e anticorpo.
Para o diagnóstico da esquistossomose, utiliza-se da anamnese detalhada do paciente, além de diferentes métodos. Dependendo da fase em que a doença se apresenta, podem ser realizadas raspagens da mucosa retal, exames de fezes, ultrassonografia para fase crônica, além de métodos imunológicos, como a reação de hemaglutinação, Elisa, reação de fixação do complemento e a técnica de PCR.
Já para o tratamento, no Brasil é preconizada a utilização do Praziquantel. O fármaco atua diretamente na lesão do tegumento do parasita, tanto jovem quanto adulto. Quando existem ovos no momento do diagnóstico, acompanha-se de um a dois meses após o tratamento para a confirmação da cura. Além disso, em se tratando de mulheres grávidas, indivíduos com problemas cardíacos, hepatites ou alterações, o uso do Praziquantel deve ser observado de perto.
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Muito obrigado por nos assistir e até a próxima!
Fonte
Parasitologia- Esquistossomose: Diagnóstico e tratamento por Patologia e Saúde