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Epilepsia Mioclônica Juvenil – Sintomas, Causas e Tratamentos

Epilepsia Mioclônica Juvenil – Canal Neuropediatria

Olá! Aqui é a Doutora Cristina Aguiar com os vídeos Canal Neuropediatria para você. Hoje, vou falar sobre a epilepsia mioclônica juvenil – um tipo de epilepsia muito importante, já que ela perfaz 10% do total das epilepsias.

A epilepsia mioclônica juvenil se caracteriza por ter a crise mioclônica – uma crise com abalos rápidos do corpo e não realmente sequenciados. São crises que ocorrem durante algum período, com vários intervalos. Ocorrem normalmente ao despertar, porém elas podem ocorrer até duas horas após o despertar. São classificadas como epilepsia generalizada e elas têm o seu início a partir dos 10 anos mais ou menos, até os 25 anos.

Essas crianças, adolescentes e adultos jovens que possuem epilepsia mioclônica juvenil possuem inteligência normal. Então, eles têm atividades da vida diária, vão para a escola, vão para o trabalho, vão para faculdade, e a crise convulsiva tem um grande impacto na vida de uma pessoa. Essa pessoa tem extremamente sua vida alterada pelas crises convulsivas, principalmente ao despertar, quando a criança normalmente desperta para ir para escola, estuda pela manhã.

Dentro das reflexivas mioclônicas juvenis, além da crise mioclônica, é comum ter uma outra crise associada, a crise tônico-clônica generalizada. Essa é aquela convulsão que as pessoas conhecem, em que a pessoa cai no chão, se bate e baba, perde a consciência. Porém, na crise mioclônica, o paciente não perde completamente a consciência. 80% dos pacientes com epilepsia mioclônica juvenil possuem a associação da crise mioclônica com a crise tônico-clônica generalizada. Já 30% não têm associação com as crises de ausência, que são crises em crianças menores onde você não tem uma queda ao solo. Se estiver em pé, você fica em pé. Se estiver sentado, fica sentado. Porém, você tem uma alteração da consciência, onde você está fora do ar por alguns segundos ou chegando a um minuto, um minuto e meio.

A droga, a substância, o fármaco, o anticonvulsivante de melhor atuação para o controle das crises continua sendo o valproato de sódio. Nesse tipo de epilepsia, existe um fator que se chama fotossensibilidade. E isso se torna muito importante nos dias de hoje, já que o uso de eletrônicos é uma coisa comum em nossas crianças e adultos jovens. Esses celulares, tablets, video games, televisão são telas luminosas que produzem fotoestimulação.

Em alguns trabalhos, eles divergem entre a estatística de quantos pacientes da epilepsia mioclônica juvenil que vão ter fotossensibilidade. A variação é muito grande porque depende de qual foi o estímulo, qual a intensidade da luz e qual a frequência do pensamento do SUS. Porém, varia de 8% dos pacientes até 90% dos casos. A gente sabe que existe um grande percentual dos pacientes que possuem fotossensibilidade. Então, o uso do celular, que é o mais comum, pode desencadear crises nesses pacientes.

É importante salientar que esses pacientes eles precisam ter um eletroencefalograma com as alterações típicas da epilepsia mioclônica juvenil. E a alteração típica é um complexo que se chama pode espícula-onda generalizadas com atividade de base normal. O diagnóstico é feito pelo tipo de crise, a crise mioclônica com essa característica, principalmente ao despertar, e associada ao padrão eletroencefalográfico.

Normalmente, é possível conseguir um controle razoável ou total das crises com o uso da medicação com valproato em doses corretas, fazendo nível terapêutico. E o paciente precisa fazer uns posts. Existe uma particularidade dessa epilepsia: você não consegue tirar a medicação, mesmo após três, quatro, cinco anos de controle total de crise. Normalmente, ao se retirar, se é uma epilepsia mioclônica juvenil, as crises convulsivas retornam quando a gente tenta fazer a retirada da medicação. Então, é um tipo de epilepsia que a gente classifica que a medicação vai ser para o resto da vida.

Espero ter esclarecido as dúvidas de vocês quanto à epilepsia mioclônica juvenil. Se gostou, dê um like, se inscreva no canal e acione as notificações automáticas. Um beijo!

  • Canal Neuropediatria
  • Doutora Cristina Aguiar

Fonte
EPILEPSIA MIOCLÔNICA JUVENIL por Neuropediatria para Você