Pular para o conteúdo

Entenda os sintomas e tratamento do Streptococcus: guia completo

Diagnóstico das infecções causadas pelos Streptococcus

O diagnóstico pode ser clínico, variando de acordo com a sintomatologia apresentada pelo paciente. Mediante o aspecto clínico, o paciente será encaminhado para a realização de outros exames, como os laboratoriais e os de imagem.

No diagnóstico laboratorial, especificamente na microbiologia, a parte pré-analítica entra a partir da coleta da amostra do paciente, que vai variar de acordo com o quadro clínico. Após a fase pré-analítica, entramos na fase analítica propriamente dita, na qual é feito o isolamento e a identificação do microrganismo para termos o diagnóstico correto e, então, poder seguir com o tratamento do paciente.

  • O isolamento pode ser feito pelo meio Agar sangue e Agar chocolate;
  • A coloração de Gram pode ser feita para avaliação morfotintorial do microrganismo;
  • Seguimos com as provas de identificação que incluem:
    • Prova da catalase;
    • Padrão de moles e bile esculina;
    • Taxa de sensibilidade e bacitracina;
    • Sensibilidade ao toxina.

A prova da catalase permite visualizar se as bactérias produzem a enzima catalase, através da formação de bolhas após o isolamento primário. É interessante que seja feita, pois isso já se faz em Staphylococcus e Streptococcus e Enterococcus. No caso das Streptococcus, não há a formação de bolhas, ou seja, o teste é negativo.

É válido ressaltar que o ideal para a prova é que as colônias não sejam provenientes do meio Agar sangue, já que as armas podem gerar resultado falso-positivo.

O padrão de hemólise pode ser visualizado no meio Agar sangue, onde se as bactérias possuem atividade hemolítica, será possível visualizar a formação de áreas de hemólise bem nítidas. Por exemplo:

  • Streptococcus pyogenes: atividade Beta hemolítica;
  • Streptococcus pneumoniae: atividade Alfa hemolítica.

A prova da bile esculina é utilizada para identificação presuntiva de espécies de Enterococos e Streptococos do grupo D. A semeadura na superfície do meio em tubo com superfície inclinada hidrolisa esculina em presença de 1-4% de sais biliares. O resultado é positivo se houver um esclarecimento do meio, e caso negativo, a cor do meio vai permanecer inalterada.

A prova de CAMP tem como objetivo a identificação de cepas de Streptococcus agalactiae, que são células que produzem photocamp que atuam sinergicamente com a beta-hemolisina produzida pelos estafilococos. Então, no meio Agar sangue, vai ser feita uma semeadura em meio com inóculo de Staphylococcus aureus de um ponto a outro na placa e, perpendicularmente, vai ser semeada a cultura de Streptococcus de interesse, tendo cuidado para que não haja contato com a estria de Staphylococcus aureus e Streptococcus. Essa placa vai ser incubada e, em caso positivo, vai haver um crescimento das duas bactérias formando a meia-lua. Se não houver a formação dessa meia-lua, o resultado é negativo.

O teste de bacitracina é utilizado para identificação presuntiva de Streptococcus beta-hemolítico do grupo A. É feito em meio no Agar sangue e, depois, é adicionado um disco contendo bacitracina. O resultado será positivo se houver a formação de uma área de qualquer tamanho ao redor do disco de bacitracina.

A acessibilidade à optoquina é utilizada para diferenciar Streptococcus pneumoniae de outros Streptococcus alfa-hemolíticos. A semeadura deve ser feita em um meio contendo sangue e, após isso, coloca-se o disco de optoquina e incuba-se a placa em jarra com vela acesa ou estufa com atmosfera de 5-7% de CO2 para gerar um ambiente de microaerofilia. Em caso positivo, haverá a formação de um halo de 14mm ou mais ao redor do disco. Identifique o microrganismo como o pneumococo.

Fonte
Diagnostico de Streptococcus por MOBAC UFRN