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Dicas úteis para prevenir a entrada da dengue em sua casa (56 caracteres)

Semana Nacional de Combate à Dengue

Entre os dias 22 e 26 de novembro acontece a Semana Nacional de Combate à Dengue. Apesar de termos uma semana inteira focada em unir esforços no enfrentamento ao mosquito transmissor da doença, o Aedes Aegypti, o nosso combate deve estar presente o ano inteiro. Por isso, eu vim falar com vocês sobre um tema muito importante: as arboviroses.

O que são arboviroses?

São doenças infecciosas causadas pelos arbovírus, um grupo de vírus que é transmitido por alguns animais, como insetos, aranhas e carrapatos.

A Dengue

Uma das arboviroses mais conhecidas e que mais preocupa a população brasileira é a dengue. A transmissão acontece quando a fêmea do mosquito Aedes Aegypti (e apenas ela, já que precisa de proteínas do sangue humano para amadurecer seus ovos) pica uma pessoa infectada e passa o vírus para outra através da picada.

Como o mosquito se reproduz facilmente em acúmulo de água parada, limpa ou suja, é no verão e nas épocas mais chuvosas que os casos aumentam. Apesar da transmissão ser sempre da mesma maneira, existem 4 tipos diferentes de dengue, dependendo do sorotipo, se já houve infecção prévia e se a pessoa tem doenças crônicas. A dengue se manifesta de maneiras diferentes: a maioria dos casos não provoca sintomas, mas pode se apresentar na forma de dengue clássica, que dá febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele, coceira, além de tonturas e náuseas. Também há a dengue hemorrágica, que é mais grave, causa dores intensas no abdômen, vômito repetitivo, sangramento de boca e nariz, dificuldade para respirar, entre outros sintomas que acendem um sinal de alerta. Existe ainda a Síndrome de Choque da Dengue, que é a mais grave de todas, provoca queda na pressão arterial, problemas cardiorespiratórios e alterações neurológicas.

Quando a pessoa contaminada é infectada por um dos quatro subtipos da dengue do vírus, ela fica imune apenas contra ele e pode, futuramente, contrair os outros três. O problema é que, se acontece uma segunda infecção, o risco de apresentar as formas mais graves da doença é maior. Lembre-se: a dengue pode levar à morte. Por isso, em caso de suspeita, procure atendimento médico imediatamente.

Prevenção

É importante também falar sobre a prevenção. Quais cuidados nós devemos ter? O primeiro é não deixar água parada de jeito nenhum. Algumas atitudes simples ajudam na eliminação dos focos do mosquito, como:

  • tampar as caixas d’água
  • conferir se não há água acumulando na laje
  • fechar as latas de lixo e colocar areia no pratinho que fica embaixo dos vasos de plantas
  • uso de produtos que eliminem ou espantem os mosquitos, como os aerossóis e larvicidas

É importante também para evitar novos surtos de dengue. Tranquilo, tudo bem, mas saiba que o único mosquito fêmea chega a colocar 50-200 ovos por vez. Então, em um espaço curto de vida de 35 a 40 dias, ela pode originar até 1.500 mosquitos. Por isso, por mais simples que sejam esses cuidados, são um dever de todos e o combate à doença tem que ser um esforço coletivo para afastar os mosquitos. Tanto você quanto seus vizinhos precisam estar atentos na prevenção. Qualquer foco de dengue pode ser um problema para toda a vizinhança e para toda a comunidade. Ao contrário do que muitos pensam, a dengue não se espalha apenas em casas ou em lugares com muitas árvores. E, apesar de voar abaixo, o mosquito também consegue subir de elevador, andar de carro, viajar de avião e chegar bem mais longe. As regiões urbanas, incluindo apartamentos e locais com muitas moradias próximas umas das outras, são locais que podem se transformar em criadouros para o mosquito e também exigem toda atenção. Uma prova de que nenhum lugar está livre é que, ao comparar os casos de dengue entre 2020/2021, tivemos um aumento de 189% e 174% no Amapá e na Paraíba, respectivamente, que são lugares mais ao norte/nordeste do país. Mas também tivemos aumento de 218% e 126% dos casos em São Paulo e Rio Grande do Sul, que são lugares mais frios no Sudeste e no Sul do Brasil, respectivamente. Por isso, o combate à dengue e outras arboviroses não pode ser deixado de lado em momento algum. Mesmo com a pandemia de covid-19, nós não podemos relaxar. Nesses quase dois anos, aprendemos que a prevenção e o monitoramento de um vírus, qualquer que seja ele, é a melhor forma de impedir os efeitos devastadores das epidemias. O verão está chegando e não dá mais para adiar. Confira se não existe nenhum foco de proliferação do mosquito em casa e seja um herói na luta contra a dengue. Proteja-se sempre, juntos contra o mosquito.

Fonte
Não deixe a dengue entrar em casa por Drauzio Varella